Disputa pela presidência da Câmara causa briga na bancada evangélica

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Frente Parlamentar Evangélica. Foto: Izac Tomaz

por Gustavo Zucchi e Igor Gadelha

As articulações para a eleição de presidente da Câmara dos Deputados em fevereiro de 2025 já começaram a causar, desde agora, atritos na bancada evangélica, uma das mais influentes da Casa.

O estopim para as desavenças foi um jantar promovido pelo deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP) nesta semana com os três principais pré-candidatos à sucessão de Arthur Lira (PP-AL).

O encontro aconteceu casa do deputado Gilvan Máximo (Republicanos-DF) na terça-feira passada (27/2), após a aprovação da PEC que amplia imunidade tributária a igrejas em uma comissão especial da Câmara.

Marcaram presença no convescote o líder do PSD, Antônio Brito (BA); o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA); e o presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), todos pré-candidatos à sucessão de Lira.

O jantar incomodou aliados do atual presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Eli Borges (PL-TO). A avaliação foi de que o encontro passou uma impressão errada de que a bancada estaria se envolvendo nas articulações.

Outro ponto que irritou integrantes da frente foi a informação que circulou após o jantar de que a bancada estaria negociando com o governo Lula acordos para a eleição da presidência da Câmara.

A irritação com o jantar foi tamanha que integrantes da frente cogitaram divulgar uma nota afirmando que a bancada não tinha envolvimento com o jantar nem com conversas com governo sobre sucessão na Câmara.

O documento afirmava ainda que o atual presidente da Frente Parlamentar Evangélica é o único com autoridade para falar pela bancada evangélica sobre o assunto.

Após conversas internas, entretanto, a nota acabou abortada. A avaliação foi de que a divulgação do documento poderia causar ainda mais confusão dentro da bancada evangélica.

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