Dívida pública federal cresce 12,2% e chega a R$ 7,3 tri em 2024, aponta Ministério da Fazenda

Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional. Foto: Ministério da Fazenda
A dívida pública federal subiu 12,2% em 2024 em comparação com 2023 e chegou a R$ 7,316 trilhões. O número ficou dentro da meta estabelecida para o ano no PAF (Plano Anual de Financiamento), que era entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões.
O plano para 2024 também apontava que a dívida terminaria o ano com prazo médio entre 3,8 e 4,2 anos e percentual a vencer em 12 meses entre 17% e 21%
Os resultado divulgados na terça-feira (4/2) pelo Tesouro Nacional apontam um prazo médio de quatro anos e um percentual a vencer em 12 meses de 17,9%.
O avanço da dívida pública em 2024 se deve, de acordo com o Tesouro, a apropriação de juros, que adicionou R$ 762,4 bilhões. A emissão líquida acrescentou outros R$ 33,3 bilhões.
“Não foi um ano trivial. [O Tesouro] conseguiu navegar ao longo do ano entregando todos os indicadores dentro do PAF e mantendo bom nível do colchão de liquidez”, avaliou o secretário do Tesouro, Rogério Ceron.
O colchão de liquidez é a reserva em dinheiro do Tesouro para pagar a dívida e ela é expressa no número de meses de vencimentos que podem ser pagos com essa quantia sem a emissão de novos títulos.
“O patamar prudencial é de três meses de vencimentos e tem se mantido acima disso. Intuito é manter dessa forma”, disse Ceron.
Sobre 2025, o secretário afirmou que foi possível perceber “uma volta à normalidade e os leilões [de títulos] tem mostrado isso de forma muito clara”.
No dia 31 de janeiro, o Banco Central divulgou que a dívida bruta brasileira fechou o ano passado em 76,1% do PIB, uma alta de 2,2 pontos percentuais no ano. A autoridade monetária e o Tesouro Nacional utilizam metodologias diferentes e por isso os números de cada um costumam divergir.
Para 2025, a meta do Tesouro é que a dívida pública federal feche este ano no intervalo de R$ 8,1 trilhões a R$ 8,5 trilhões. Assim, no cenário mais otimista, a dívida cresceria R$ 784 bilhões. Entre 2023 e 2024 a alta foi de R$ 795,7 bilhões.
A parcela da dívida vencendo em 12 meses deve ficar entre 16% e 20% em 2025, depois de ter fechado o ano passado em 17,9%, prevê o Tesouro Nacional.
Já a meta para o prazo médio da dívida continua, a faixa entre 3,8 anos e 4,2 anos, depois de a proporção fechar 2024 em 4 anos.