Documento final do bloco econômico do G20 menciona taxação de super-ricos e aliança global contra a fome, diz Haddad

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Fernando Haddad, ministro da Fazenda, em seu gabinete em Brasília. - Adriano Machado/Reuters

O documento final da trilha (seção) econômica do G20, assinado na sexta-feira (26) em consenso pelos países integrantes, inclui menção a taxação de super-ricos e a estruturação de uma aliança global contra a fome.

As informações são do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que falou com a imprensa após a última reunião dessa trilha, na sexta (26).

As trilhas do G20 são blocos temáticos realizados ao longo do ano, antes da reunião de cúpula, que contará com os chefes de Estado.

O G20 reúne as 20 maiores economias do mundo. O Brasil é a sede do encontro da cúpula neste ano, que ocorrerá em novembro, no Rio de Janeiro.

A aliança global contra a fome é uma proposta do Brasil e uma das principais bandeiras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a cúpula do G20.

A taxação de super-ricos, pessoas com mais de R$1 bilhão, é uma ideia defendida por Haddad junto a colegas ministros da Fazenda de outros países para combater desigualdades.

“Serão emitidos dois documentos que são de consenso. Um deles é o próprio comunicado e o outro é a declaração ministerial sobre cooperação e tributação”, afirmou Haddad.

“Inclui [o documento] várias menções explícitas à tributação de super-ricos na agenda econômica internacional”, completou o ministro.

Ainda de acordo com Haddad, os pontos principais do documento final são:

  • Compromisso com a aliança global contra a fome e a pobreza, centrado no combate às desigualdades.
  • Trabalho para um sistema tributário mundial mais transparente, justo e equitativo, inclusive no que se refere aos ultrarricos.
  • Esforços para a mobilização global contra a mudança climática.
  • Avanços em reformas para tornar os bancos multilaterais de desenvolvimento maiores, melhores e mais eficazes.

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