Dono formal do sítio de Atibaia foi convidado para posse de Lula

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Fernando Bittar durante depoimento. Foto: Reprodução/YouTube O Antagonista

Por Paulo Moura

O empresário Fernando Bittar, um dos donos formais do famoso sítio de Atibaia, imóvel que já resultou na condenação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em primeira e segunda instâncias por corrupção e lavagem de dinheiro, foi um dos convidados para a festa da posse presidencial no Palácio Itamaraty, em Brasília (DF).

Os nomes de Bittar e de sua esposa, Lilian, aparecem na lista divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores na última terça-feira (31). Já o empresário Jonas Suassuna, outro dono do imóvel, não foi convidado para o evento. Em 2020, Suassuna rompeu uma sociedade que tinha com um dos filhos de Lula, Fábio Luís Lula da Silva.

SOBRE O SÍTIO DE ATIBAIA
O famoso sítio localizado na cidade do interior paulista foi alvo de uma denúncia aberta pelo Ministério Público Federal (MPF) em maio de 2017. Na época, o MPF sustentou que Lula teria recebido vantagens indevidas das empreiteiras Odebrecht e OAS, por meio da reforma do sítio, que teria custado mais de R$ 1 milhão.

Em maio de 2019, a juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, acatou os argumentos e condenou Lula a 12 anos e 11 meses por corrupção e lavagem de dinheiro. Seis meses depois, por unanimidade, os desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) mantiveram a condenação e ampliaram a pena, que passou para 17 anos, 1 mês e 10 dias.

No entanto, em março de 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que Moro agiu com parcialidade contra Lula no processo do tríplex do Guarujá, anulando todas as condenações do caso. Em junho, o ministro Gilmar Mendes ampliou os efeitos para todos os casos em que Moro atuou contra o petista, inclusive os processos do sítio de Atibaia.

Diante disso, o caso recomeçou do zero na 12ª Vara Federal do Distrito Federal, mas a juíza Pollyanna Kelly Alves, substituta daquela jurisdição, rejeitou a denúncia contra Lula e os demais acusados no processo do Sítio de Atibaia. Alves alegou que o conjunto de provas era insuficiente para dar prosseguimento ao processo e afirmou que parte dos crimes já estavam prescritos.

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