Economia prevê crescimento do PIB entre 1,4% e 2,9% em 2023

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© José Cruz/Agência Brasil. Fachada do Ministério da Economia, em Brasília

Por Deborah Hana Cardoso

A Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Economia, informou, na quarta-feira (9/11), ter projetado uma expansão para o Produto Interno Bruto (PIB), em 2023, entre 1,4% e 2,9%. A pasta também investiga os indícios que levaram a atividade econômica brasileira a crescer mais do que as projeções.

De acordo com a nota informativa “Fundamentos para o maior crescimento econômico”, os modelos de projeção adotados tendem a incorporar uma “grande defasagem” para mudanças estruturais; por isso, há uma diferença entre o que é estimado e o que é consolidado.

Crescimento a longo prazo

A nota destaca o efeito do investimento no crescimento tendencial, período de transição para novo estado estacionário, “a elevação da taxa de investimento e a maior participação da importação dos bens de capital em razão do PIB tendem a elevar o crescimento brasileiro.”

A taxa de investimento da economia brasileira cresceu de forma consistente nos últimos anos e atingiu 18,7% como proporção do PIB no segundo trimestre de 2022.

As estimativas elaboradas no estudo mostram que uma ampliação do investimento de 14% para 18% eleva o crescimento do PIB em 0,7 ponto percentual no período de transição, em todos os cenários de crescimento da Produtividade Total dos Fatores (PTF), que variaram entre -1,5% e 1,5%.

Além disso, é possível verificar que, se a taxa de investimento em relação ao PIB estiver entre 18% e 20% e o crescimento da PTF for de 0%, a elevação do PIB estará entre 2% e 2,4%. Estimando uma PTF de 0,5%, o crescimento do PIB fica entre 2,6% e 2,9%.

Além disso, há nova estimativa dos investimentos esperados via parcerias e concessões para 2023, com a adição de cerca de R$ 82 bilhões, o que representa elevação de, aproximadamente, 10% em relação à estimativa para 2022.

Os montantes previstos no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) também devem ser considerados no volume de investimento atual. No PPI, a estimativa é que a contratação de investimentos (2019 a 2022) nos setores de infraestrutura seja da ordem de R$ 1,3 trilhão, considerando valores a serem executados em todo o período de análise.

Mercado de trabalho

O mercado de trabalho é outro aspecto que deve ser observado de modo atento nas estimativas de crescimento para 2023, pois segue em trajetória de recuperação. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, a taxa de desocupação recuou para 8,5% em agosto de 2022 – uma queda de 4,2 pontos percentuais na comparação interanual.

A população ocupada, na série mensalizada e com ajuste sazonal divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), atingiu cerca de 99,9 milhões de pessoas em agosto de 2022, registrando patamar superior ao período anterior à pandemia.

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