Empresário que disputou eleição em São Bento, suspeito de mandar matar sócio, é transferido de prisão em SP para a PB
O empresário Rafael Silva Cavalcante, conhecido como Rafinha Banana, que disputou o cargo de vice-prefeito de São Bento, no Sertão da Paraíba, nas eleições municipais 2024 e que estava preso desde 17 de outubro suspeito de ser mandante do assassinato do também empresário Valdenilson Dantas de Oliveira, no dia 9 de outubro, foi transferido para um presídio na Paraíba, junto com outros dois suspeitos. Eles desembarcaram no estado na sexta-feira (8), de acordo com a Polícia Civil. A prisão dos três aconteceu em São Paulo. Rafinha e Valdenilson eram sócios.
A Polícia Civil, contudo, não informou para qual presídio no estado eles foram transferidos. Um quarto suspeito da morte do empresário foi preso no Rio Grande do Norte e não deve retornar para a Paraíba pois é natural do estado onde foi preso.
Investigações
De acordo com as investigações, Rafinha e Valdenilson eram sócios de uma ‘bet’, uma casa de apostas, e o crime pode ter relação direta com este fato. A Polícia Civil ainda não deu mais detalhes da investigação.
Valdenilson Dantas de Oliveira tinha 49 anos e foi morto a tiros em uma lanchonete em frente à igreja matriz de São Bento, na Paraíba. Durante o ataque, uma mulher que trabalhava no estabelecimento onde aconteceu o crime, também foi atingida por disparos nas pernas.
Ele chegou a ser socorrido por familiares após os disparos, mas não resistiu aos ferimentos. Valdenilson era dono de uma academia, restaurantes e casas de apostas na cidade.
No dia do crime, a Polícia Militar informou que pessoas que estavam no local não souberam dizer se o crime foi cometido por uma ou mais pessoas.
Além do empresário Rafinha Banana, outras três pessoas foram presas suspeitas de participação na morte de Valdenilson. A Polícia Civil informou que dois suspeitos foram presos em São Paulo, onde também estava Rafinha, e o outro no Rio Grande do Norte. Os nomes dos três não foram divulgados.
Compra de bolo por valor exorbitante e operação policial
Durante o primeiro turno das eleições, Rafinha Banana foi alvo de uma operação contra compra de votos e aliciamento violento de eleitores. A investigação começou após Rafinha comprar um bolo por mais de R$ 100 mil em um leilão da igreja da cidade de São Bento.
Durante a operação foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão, todos na cidade de São Bento.
Segundo a Polícia Federal, através de controle de território, os investigados estariam exercendo influência no pleito eleitoral, praticando as condutas de constituição de associação criminosa e uso de violência para coagir o voto.
Vários dos envolvidos nos crimes citados possuem extensa ficha criminal, inclusive por crimes violentos, o que levava aos cidadãos, por medo, a concordar em votar em candidato determinado pela organização.
A chapa que Rafinha Banana integrava como vice na disputa eleitoral foi derrotada nas urnas.