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Ufa! Com um atraso de pelo menos cem anos o mundo terá uma vacina contra a malária. O nome do imunizante é Mosquirix e tem 50% de eficácia contra a forma mais grave da doença, que é transmitida pela picada de mosquitos Anopheles. A infecção é responsável por quinhentas mil mortes ao ano no mundo, a maior parte na África subsaariana. Desse total, duzentas e sessenta mil são crianças com menos de cinco anos. A malária faz parte de um grupo de patologias que ficou conhecido como “doenças negligenciadas”. São aquelas em que os grandes laboratórios farmacêuticos, capazes de pesquisar, desenvolver e produzir medicamentos para milhares de pessoas, são menos atenciosos. O motivo: quem se beneficia desses remédios são os países mais pobres, e, teoricamente, o retorno financeiro é menor.

O que deve ficar claro, e resolvido de uma vez por todas, é que a forma comprovada de se desenvolver qualquer nação é promovendo políticas públicas que levem em consideração a vacinação em massa da população, a implantação de um sistema de abastecimento de água e saneamento básico eficientes, além de um conjunto de saúde robusto e de abrangência nacional. São itens essenciais para que qualquer país garanta não só a sobrevivência de sua população, como também é a forma mais acertada de promoção da longevidade humana. Fica a dica para políticos e indústrias farmacêuticas brasileiras: só haverá mais consumidores se as pessoas não forem dizimadas por moléstias que poderiam ser prevenidas.

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