O governador de Nova York, Andrew Cuomo, renunciou ao cargo nesta (ontem) terça-feira (10) após uma série de acusações de assédio sexual contra mulheres, que foram compravadas após investigação da procuradoria-geral do estado norte-americano. A renúncia poupou Cuomo de uma possível processo de impeachment na Assembleia estadual.

Cuomo tem 63 anos, nasceu no Queens, em Nova York e faz parte do partido Democrata. Ele foi o 56º governador do estado e assumiu o cargo em janeiro de 2011. É formado em direito pela Universidade de Fordham e pela Faculdade de Direito de Albany.

Ele é o segundo filho de Matilda Raffa Cuomo e Mario Cuomo, que também foi governador de Nova York, entre 1975 e 1978.

Acusações de assédio sexual

No anúncio da procuradora-geral, Letitia James, em 3 de agosto, foi descoberto que eles assediou 11 mulheres (verdadeiro tarado e pervertido), entre atuais e ex-funcionárias do estado, bem como várias mulheres fora do governo estadual.

Na investigação de 168 páginas, James concluiu que Cuomo se envolveu em “toques indesejados e não consensuais” e fez comentários de natureza sexual “sugestiva”. Ainda disse que as atitudes do chefe do executivo local criou um “ambiente de trabalho hostil para as mulheres”, onde violou leis federais e estaduais.

O governador não assediou apenas pessoas diretas a ele, mas o caso se estendeu a outras funcionárias do Estado, incluindo uma policial estadual que fazia parte do destacamento de proteção do político e outros membros do público. As acusações, segundo os procuradores Joon Kim e Anne Clark, possuem credibilidade, onde foram acrescidas de provas em vários graus.

Charlotte Bennett, uma das mulheres que prestaram depoimento, disse às pessoas e mandou mensagens em tempo real sobre suas interações com o governador, de acordo com Clark. Um dos incidentes comoventes alegados pela policial foi testemunhado por outra policial estadual, que o confirmou aos investigadores, ainda segundo o investigador Clark.

Uma ex-assessora, que faz parte do grupo de 11 mulheres, que não teve o nome não foi divulgado, disse que o governador apalpou seu seio em uma ocasião. Essa é a mais grave das acusações de assédio sexual enfrentadas por ele.

Após a renúncia, Cuomo criticou a situação envolvendo as acusações de abuso sexual, alegando que elas se tratavam sobre temas políticos  e não uma “análise cuidadosa” sobre o caso.

“Esta situação e este momento não têm a ver com os fatos. Não se trata da verdade. Não se trata de uma análise cuidadosa. Não se trata de como podemos tornar o sistema melhor. Trata-se de política e nosso sistema político hoje é muitas vezes conduzido pelos extremos”, alegou.

Ele ainda agradeceu às mulheres “que se apresentaram com queixas sinceras”. “Não é fácil dar um passo à frente, mas vocês prestaram um serviço importante. E me ensinaram e ensinaram aos outros uma lição importante. Os limites pessoais devem ser expandidos e protegidos”, disse.

Seu irmão, Chris Cuomo, apresentador da CNN internacional, também é citado no relatório. É questionado seu papel no caso como parte do círculo íntimo do governador. No entanto, Chris ainda permanece calado e não mencionou as acusações em seu programa “Cuomo Prime Time”.

CNN e a imprensa norte-americana no geral estão fazendo uma extensa cobertura sobre o caso, onde foi manchete em todos os noticíarios norturnos durante a semana.

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