Ex-vereador é acusado de agredir mulheres em reunião de condomínio
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prédio localizado no bairro Gonzaguinha, em São Vicente, no litoral de São Paulo
São Paulo — O ex-vereador Eduardo Oliveira é acusado de agredir duas mulheres, uma de 58 e outra de 70 anos, durante uma reunião de condomínio, em São Vicente, no litoral de São Paulo, no sábado (23/3). Ele nega as acusações.
De acordo com o boletim de ocorrência, a mulher de 58 anos informou que o síndico a agrediu na mão direita. Policiais militares a encaminharam para o Pronto Socorro de São Vicente, onde ela foi medicada e liberada.
A mulher de 70 anos afirmou que foi agredida pelo síndico quando questionava procurações de condôminos. Eduardo teria usado papéis para bater nas palmas das mãos dela. A mulher recusou atendimento médico.
Ainda no boletim de ocorrência, o síndico alegou que começou a assembleia dizendo que uma moradora do prédio trancou a porta do local e, assim, “impediu o direito de ir e vir dos condôminos, ocasionando empurra-empurra”.
Defesa
Ao site Metrópoles, Eduardo Oliveira disse que detém mais de 60% dos votos válidos e que durante toda a assembleia houve discussão entre os moradores. Segundo ex-vereador, eles queriam “fazer um motim” para ganhar a eleição. “Do início ao fim, a assembleia ocorreu de forma tumultuada, com eles [moradores] provocando”.
“Quando encerrou a assembleia, ela tentou tomar alguns documentos da minha mão. Eu só puxei, e ela falou que eu a agredi. Quando eu tentei sair, começou aquele empurra-empurra, fecharam a porta”, disse Eduardo. O ex-vereador afirmou ainda que também registrou queixa na delegacia e que, durante o tumulto, seu pai levou um soco.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que policiais militares foram acionados para atender a ocorrência. “No local, foi constatado que as partes estavam em uma assembleia, em um edifício, quando houve uma discussão entre o síndico e alguns moradores”, disse a pasta.
“Durante a discussão, um dos moradores fechou a porta do local, o que ocasionou uma confusão generalizada”, afirmou a SSP. O caso foi registrado como lesão corporal e ameaça na Delegacia de São Vicente.
Eduardo teve o mandato de vereador cassado em junho de 2023, após um recurso especial de investigação judicial eleitoral, que apontava que houve violação à cota de gênero do antigo Partido Social Liberal (PSL).