Influencer inventa currículo para conseguir cargo na Seleção, diz site

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Joel Jota

As competições dos Jogos Olímpicos de Paris estão se aproximando, mas parece que na Seleção Brasileira de Natação as coisas não andam nada bem. Segundo o UOL, os nadadores estão incomodados com o anúncio feito pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), na quarta-feira (17/4), de que o influencer e coach Joel Jota seria o “mentor” deles.

Acontece, queridos leitores, que o portal UOL descobriu algumas inconsistências no “currículo” do rapaz. Apesar de Jota afirmar que “dedicou-se à natação por 20 anos, conquistou mais de 30 medalhas e chegou a receber o título de melhor nadador do mundo”, os atletas estão questionando a ausência de medalhas.

De acordo com a coluna Olhar Olímpico, Joel Jota nunca fez parte da Seleção Brasileira de Natação nem venceu uma prova de campeonato brasileiro, mesmo afirmando, em seu site, que “foi atleta profissional da seleção brasileira” e que foi “diversas vezes campeão brasileiro”.

Outras “propagandas” apontadas como “enganosas” pelo UOL são de que o coach foi “um dos nadadores mais rápidos do mundo” e “o maior treinador de alta performance do país”.

E essa treta entre Jota e os profissionais da natação é antiga. Ainda segundo o portal, ele é considerado “charlatão” pelos nadadores que estão sempre em busca de figurar a lista dos melhores do mundo.

Para os integrantes do time brasileiro, o mentor deles deveria ser alguém que que já tenha conquista medalhas olímpicas e em campeonatos mundiais. Ou seja, alguém que comprove, de fato, o sucesso na carreira.

O UOL ainda fez um “check list” dos feitos aprensentados pelo mentor. No ano em que Joel divulga ter sido “eleito um dos melhores do mundo no nado borboleta”, 2005, foi o 22º do Campeonato Paulista, como mostra seu perfil no Swim It Up. No da World Aquatic, o perfil dele só cita o 104º lugar no ranking mundial dos 50m livre em piscina curta da mesma temporada. Outros resultados sequer entram nas estatísticas internacionais.

No Instagram de Joel, o vídeo onde ele anuncia a “mentoria” virou piada entre os internautas: “Legal. Se o Brasil não ganhar nada, ele já ensina a mentir no currículo. Afff, decepção. Não imaginei que usasse os truques da Bel Pesce”, disparou um. “Como pode uma pessoa que nunca foi atleta olímpico ou de alta performance ser mentor dos atletas do time olímpico de alta performance?”, questionou outro. “Quantas Olimpíadas o mentor participou? Nenhuma, né? Piada!”, detonou um terceiro.

Vaga olímpica no revezamento 4x200m livre feminino

O Brasil garantiu mais um revezamento da natação na Olimpíada de Paris-2024. Em fevereiro, o time feminino nacional obteve a vaga olímpica no 4×200 metros livre nas eliminatórias do Mundial de Esportes Aquáticos. As nadadoras do País avançaram à final com o quarto melhor tempo.

A equipe foi formada por Stephanie Balduccini, Gabrielle Roncatto, Aline Rodrigues e Mafê Costa, que vem sendo o grande nome do Brasil na natação neste Mundial. Elas registraram o tempo de 7min57s12. Ficaram atrás apenas da China (7min54s38), Nova Zelândia (7min54s97) e Canadá (7min56s07).

A vaga foi assegurada de forma indireta nesta quinta porque nenhum outro país superou o tempo anotado pelo Brasil no Mundial de Fukuoka, disputado no Japão no ano passado. No evento de 2023, que também é base para definir o ranking de classificação para a Olimpíada, o time nacional havia marcado 7min56s14, tempo melhor do que o registrado.

Na prática, o Brasil ficará com uma das 13 vagas ainda disponíveis neste revezamento, de um total de 16 equipes a se classificarem. As três primeiras vagas foram garantidas pelos países que subiram ao pódio nesta prova no Mundial do ano passado.

Trata-se do quarto revezamento brasileiro assegurado em Paris-2024. Os outros são o 4x100m livre feminino e masculino e o 4x100m medley misto, que sacramentou a vaga na quarta também pelo critério do ranking acumulado nos últimos dois Mundiais.

Stephanie Balduccini também caiu na piscina nesta quinta para nadar as eliminatórias dos 100 metros livre. E obteve a vaga na semifinal com o tempo de 54s25, o sexto melhor geral desta primeira etapa da prova.

Nos 200 metros peito, Gabrielle Assis também avançou à semifinal Ela anotou 2min26s28, registrando o sétimo melhor tempo entre as 16 classificadas da prova.

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