Jantar de jornalistas que cobrem a Casa Branca volta após dois anos, com Joe Biden e Trevor Noah

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Joe Biden. Foto: Reprodução

O jantar anual dos correspondentes da Casa Branca (ou seja, dos jornalistas que cobrem o governo dos Estados Unidos) voltou a ser realizado na noite de sábado (30).

A Associação de Correspondentes da Casa Branca recebe o presidente dos Estados Unidos para um jantar de gala anual desde 1924. No entanto, nos últimos anos o evento não aconteceu. Donald Trump evitava o jantar porque considerava os jornalistas seus inimigos, e depois de Trump, houve a Covid-19.

A presença de 2.600 convidados no Washington Hilton representou uma volta ao normal.

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O presidente e as piadas voltaram, enquanto as luvas e as máscaras desapareceram no jantar da associação de correspondentes.

O presidente Joe Biden fez piadas sobre seu reduzido índice de popularidade, ironizou o antecessor Donald Trump e foi criticado pelo apresentador da noite, o comediante Trevor Noah, em uma festa que misturou políticos de Washington, jornalistas e grandes nomes de Hollywood.

A noite também foi marcada por referências sérias ao conflito na Ucrânia, os desafios da democracia e para a liberdade de imprensa no país e no exterior.

“Estou muito emocionado de estar aqui esta noite com o único grupo de americanos com um índice de aprovação menor que o meu”, disse Biden.

Biden reconheceu que os últimos anos foram duros. “Tivemos uma praga horrível, seguida de dois ano de Covid”, afirmou.

Os comentários ficaram mais sérios pouco depois, ao elogiar o trabalho dos jornalistas que cobrem a guerra na Ucrânia e com um alerta sobre “um veneno que percorre nossa democracia, com a desinformação em alta”.

“Vocês, imprensa livre, são mais importantes que nunca neste século”, disse Biden.

O jantar também prestou homenagem aos sacrifícios feitos por jornalistas em zonas de guerra.

Ucrânia

Com a pandemia ainda persistente, alguns questionaram a presença do presidente de 79 anos, depois que a vice-presidente Kamala Harris testou positivo para Covid na semana passada.

Biden evitou a refeição por precaução, mas não usou máscara.

“Trevor, a notícia realmente boa é que agora você pode criticar o presidente dos Estados Unidos”, disse Biden ao apresentar o comediante. “E, ao contrário de Moscou, você não vai para a cadeia”.

Noah abriu seu discurso dizendo que estava honrado de ser o anfitrião do “evento de superpropagação mais distinto da nação”.

O comediante fez uma piada com a inflação nos EUA. Ele afirmou que os jornalistas “têm sido tão duros com você (Biden), o que eu não entendo, desde que você entrou assumiu o poder, as coisas estão realmente para cima – você sabe, a gasolina aumentou, o aluguel aumentou, a comida aumentou. Tudo”.

Biden, que riu durante toda a apresentação de Noah, parece querer traçar uma diferença com Trump, que não apenas nunca compareceu ao jantar, como chamava os jornalistas de “inimigos do povo”.

O último jantar de gala da WHCA, antes da pandemia, foi em 2019, sem a presença do presidente. No ano anterior, as piadas da comediante Michelle Wolf irritaram a secretária de imprensa de Trump, Sarah Huckabee Sanders.

Noah aproveitou a oportunidade para elogiar os jornalistas e afirmou que o direito a uma imprensa livre é uma “bênção”.

“Faça a você esta pergunta: se os jornalistas russos que estão perdendo, sua liberdade por ousar informar o que seu próprio governo está fazendo, se eles tivessem o que vocês têm, eles estariam usando da mesma maneira que vocês?”

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