“Na semana de edição da primeira cautelar promovida pela Agência (5 a 11 de junho de 2022), eram feitas cerca de 4 bilhões de chamadas curtas por semana. Na semana de 15 a 21 de janeiro de 2023, esse número foi de 2,47 bilhões de chamadas, uma redução de cerca de 40%. O volume médio de chamadas semanais desde o início de novembro de 2022 é de 2,36 bilhões”, informa a Anatel.
O balanço publicado também traz um conjunto de medidas adotadas no ano passado para tentar combater o telemarketing abusivo. Segundo a agência, 123 empresas foram impedidas de fazer ligações por 15 dias, após descumprirem os critérios estabelecidos pela Anatel.
“Quanto maior a proporção de chamadas curtas, maiores indícios de alto desperdício de chamadas a partir de robocalls”, esclarece a agência no balanço.
Segudo a Anatel, as ações que passaram a ser adotadas desde o ano passado têm apresentado resultados positivos, mas ainda são provisórias. “Queremos que, até o fim do ano, haja uma solução definitiva para esse problema”, afirmou o conselheiro da Anatel Artur Coimbra.
A reguladora de telecomunicações considera telemarketing abusivo quando uma empresa faz pelo menos 100 mil ligações por dia, que não são completadas no momento que o consumidor atende o telefone, ou desligadas automaticamente em até três segundos.
No balanço, a Anatel também traz ranking dos “maiores ofensores”, com as empresas que mais fizeram chamadas curtas. Uma companhia é enquadrada entre os “ofensores” quando:
- Tem uma proporção entre o total de chamadas curtas e o número de chamadas totais de 85% ou mais;
- Ultrapassa os limites de ligações pré-estabelecidos.
