Lula sobre ofensas de Jefferson à Cármen Lúcia: “Devia estar dopado”

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Lula. Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Por Rebeca Borges

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato ao Palácio do Planalto, fez críticas às ofensas proferidas pelo ex-deputado Roberto Jefferson contra a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração de Lula foi dada em entrevista à rádio Nova Brasil FM, na manhã da terça-feira (25/10).

Na última semana Jefferson publicou, nas redes sociais da filha, um vídeo em que xinga a ministra Cármen Lúcia pelo voto favorável da magistrada à punição da emissora Jovem Pan por declarações contrárias a Lula. O ex-deputado chamou a ministra de “prostituta” e “Bruxa de Blair”.

Ao falar sobre o cenário polarizado no Brasil, Lula criticou as ofensas feitas pelo ex-deputado contra a magistrada. “Você viu o discurso do Jefferson contra a ministra Cármen Lúcia. Aquilo não se fala, para falar aquilo o cara deveria estar dopado. Na normalidade ninguém fala uma grosseria daquela”, opinou.

Na madrugada de domingo (23/10), após confronto armado com autoridades, Jefferson foi preso por agentes da Polícia Federal (PF), em cumprimento à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

O ex-deputado estava em prisão domiciliar mas, após a divulgação do vídeo contra Cármen Lúcia e da quebra de uma série de medidas cautelares, teve detenção transformada em preventiva. Ele está preso em Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gerincinó.

Nesta terça, ex-presidente Lula também citou as ofensas proferidas por um homem contra a ex-ministra Marina Silva, em um restaurante de Belo Horizonte (MG) na última semana. Ela foi chamada de “vagabunda” por um cliente do estabelecimento.

“Estou muito otimista e estou ciente de que é possível a gente dar um salto de paridade e esse Brasil voltar a sorrir. Não quero mais irmã brigando com irmão, mãe brigando com filho, pai brigando com filho, cunhado brigando com cunhado, amigos se separando”, afirmou Lula.

Segundo turno

Questionado sobre a preparação para o segundo turno, que ocorre no próximo domingo (30/10), o candidato afirmou estar “tranquilo”. “A única coisa que está preparada é que quero estar de bom humor, bastante tranquilo, o povo brasileiro não precisa ser estimulado a ter ódio”, disse.

O ex-presidente voltou a citar o caso de Roberto Jefferson e outros episódios que ocorreram no Brasil na última semana como exemplos do cenário de “ódio” enfrentado pelos brasileiros.

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