Lula vê “situação delicada” na economia e pode retomar pressão nos juros, dizem fontes
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o programa "Conversa com o Presidente", na terça-feira (4). Foto: Lula
por Clarissa Oliveira
Dias antes do café da manhã que teve na sexta-feira (27) com jornalistas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já vinha manifestando nos bastidores forte preocupação com o andamento da agenda econômica do governo.
Em conversas reservadas, o presidente andou dizendo que a situação é “delicada” e veio manifestando preocupação com a dificuldade de fazer avançar projetos relevantes no Congresso Nacional.
Lula admitiu, na manhã de sexta-feira (27), que o governo não deve cumprir a meta de déficit zero prometida para 2024. Embora tenha declarado que seguirá perseguindo a meta, o presidente reconheceu pela primeira vez em público que possivelmente não atingirá o compromisso.
Segundo relatos feitos por interlocutores, um dos assuntos que circularam no entorno do presidente nos últimos dias foi a política de juros. Ganhou força, por exemplo, a ideia de que o governo deveria retomar a pressão mais intensa sobre o Banco Central.
Embora o BC tenha iniciado o ciclo de queda da Selic, conselheiros do presidente avaliam que é preciso cobrar uma redução mais rápida.