Mais de R$ 1 mi em espécie foi apreendido em ação contra jogo do bicho

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Dinheiro apreendido. Foto: PCDF/Divulgação

Por Matheus Garzon, Mirelle Pinheiro e Carlos Carone

A operação deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na quarta-feira (14/9) para combater o jogo do bicho apreendeu mais de R$ 1,15 milhão em espécie. Os agentes ainda recolheram 128 veículos.

Segundo os investigadores envolvidos na Operação Téssera, os números dizem respeito ao total apreendido no DF e no Rio de Janeiro. De todos os carros, 100 eram vinculados a uma agência de revenda usada para lavagem de dinheiro e 28 estavam em residências que foram alvo de buscas.

Agentes cumpriram, ainda, 43 mandados de busca e apreensão em um endereço no Guará e em um hotel de Águas Claras, onde o líder da quadrilha, um homem de 59 anos, morador do Rio de Janeiro (RJ), ficava ao vir a Brasília.

No RJ, o líder tem uma agência de veículos de compra e revenda de veículos, segundo a PCDF, o que facilitava a lavagem de dinheiro do grupo.

De acordo com o delegado Jorge Teixeira, chefe da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), o suspeito é um cara reservado e discreto. “Quando vem a Brasília, traz apenas uma bolsa” disse. “Ele não transita com dinheiro em espécie também”, ressaltou.

“A organização criminosa agia de maneira hierarquizada, com definida divisão de tarefas, e explorava o jogo de azar e a lavagem de milhões de reais. Grande parte desse valor era escoado para o Rio de Janeiro, onde o dinheiro era lavado na loja de revenda de veículos”, informou Teixeira em entrevista à imprensa.

O chefe da organização não foi preso por falta de mandado de prisão.

Veja alguns dos carros utilizados pela quadrilha:

Carro apreendido pela PCDF

Durante a operação, a PCDF identificou oito policiais militares e um penal, integrantes da organização criminosa. Eles foram contratados para fazer o recolhimento e a escolta do dinheiro das bancas para as bases regionais e das bases regionais para o hotel em Águas Claras.

A participação dos policiais está sendo investigada e, se comprovada, eles podem ser indiciados por organização criminosa.

Empresário preso

Preso em flagrante, na manhã da quarta-feira (14/9), por porte ilegal de arma de fogo, o empresário Juracy Alves Cabral é um dos investigados na Operação Téssera. A ação mira uma organização criminosa especializada na exploração do jogo do bicho. Com casas de apostas espalhadas pela capital federal, o grupo conseguiu movimentar milhões de reais.

Téssera

O nome da operação significa “bilhete” em latim e faz alusão aos comprovantes de apostas do jogo do bicho.

 

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