Médicos alegam precarização nas condições de trabalho e paralisam atividades em Bayeux, PB

0

Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Bayeux, na Grande João Pessoa — Foto: Hebert Araújo/CBN

Os médicos que atendem nos serviços públicos de saúde de Bayeux, na Região Metropolitana de João Pessoa, paralisaram as atividades. De acordo com o Sindicato dos Médicos da Paraíba, a paralisação ocorre em virtude da precarização das condições de trabalho oferecidas aos profissionais, que estariam enfrentando, entre outras questões, atraso salarial.

A secretária de Saúde da Prefeitura Municipal de Bayeux, Tatiana Lúcia, negou a paralisação e afirmou que o atendimento médico segue acontecendo normalmente nas unidades de saúde da cidade. A secretária informou ainda que os serviços da atenção primária seguem no facultativo conforme decreto, devido ao carnaval.

O Sindicato dos Médicos da Paraíba, por outro lado, reforçou a paralisação. Esclareceu ainda que, nesse momento, o movimento não foi tão sentido pela população por causa da suspensão em alguns atendimentos por conta do Carnaval, já que os serviços de urgência e emergência foram mantidos.

De acordo com Tarcísio Campos, presidente do Sindicato dos Médicos da Paraíba, cerca de 120 médicos que atuam na saúde de Bayeux não têm contrato celebrado com a prefeitura e não são concursados. Os profissionais pedem que a situação seja regularizada e que os direitos trabalhistas sejam cumpridos.

Uma reunião entre representantes do sindicato, da Prefeitura Municipal de Bayeux e da empresa responsável pelo pagamento dos profissionais foi realizada na sexta-feira (9). Na ocasião, ainda de acordo com o sindicato, ficou decidido que um documento que detalha questões como forma de pagamento e garantia de direitos trabalhistas, como férias e 13º salário, será enviado como proposta aos médicos para que as atividades sejam retomadas.

A previsão é que uma assembleia ocorra na quarta-feira (14) a noite, e caso o documento seja apresentado e os pagamentos sejam regularizados, a situação deve ser normalizada.

Em nota, o Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) reiterou as alegações dos médicos e afirmou estar ciente de todos os problemas, que foram relatados em assembleia geral realizada no dia 31 de janeiro.

O CRM-PB também alertou para a proibição da substituição dos médicos que aderiram ao movimento por outros profissionais.

About Author

Deixe um comentário...