Ministro da Educação atribui aumento de inscrições no Enem a programa de incentivo de Lula

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Camilo Santana (esq.), ministro da Educação, ao lado do presidente Lula, durante evento no Palácio do Planalto - Evaristo Sa - 31.jul.2023/AFP

O ministro da Educação, Camilo Santana, atribuiu o aumento de inscrições do Enem neste ano ao programa Pé-de-Meia, de fornecimento de bolsas para alunos do ensino médio, e agradeceu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela criação do programa, durante visita dos dois ao Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), na manhã de domingo (3).

Camilo disse que o aumento foi “fruto de uma das maiores políticas de incentivo ao aluno a permanência no ensino médio e realização do Enem”.

“Não tenho dúvida de que vários estados hoje dobraram seus alunos inscritos para o Enem por conta do senhor ter decidido criar este programa”, afirmou, ao lado de Lula. O ministro também afirmou que não houve ocorrências mais graves na entrega das provas e nem atrasos.

Lula afirmou, durante a visita, que quanto mais pessoas forem aprovadas melhor, “porque o Brasil só será um país rico, na hora que a gente tiver exportando sabedoria”.

Ele também disse que a educação é um símbolo de independência para o homem e a mulher. “A profissão, ela significa independência. A mulher não precisa se sujeitar a chatice de ninguém”, afirmou.

Lançado oficialmente em 26 de janeiro, o programa citado pelo ministro tem como objetivo combater a evasão escolar de alunos pobres no ensino médio. Alunos de famílias beneficiárias recebem uma bolsa mensal de R$ 200 para não sair da escola, e não há necessidade de cadastro ao programa.

Se o aluno concluinte da etapa ainda participar do Enem, há previsão de mais um pagamento, de R$ 200. Assim, o valor, ao final dos três anos, pode chegar a R$ 9.200.

Já o Enem, que é a principal porta de entrada para o ensino superior, retomou o número de inscritos neste ano, depois de ter chegado ao menor nível de participação em 2021. O maior interesse dos estudantes em fazer a prova, no entanto, esbarra na estagnação de vagas em universidades públicas do país.

O exame recebeu neste ano 4,32 milhões de inscrições, um aumento de 9,95% em relação a 2023. A edição 2024 também teve quase 1 milhão de inscritos a mais do que em 2021, quando a prova chegou ao menor patamar, durante o governo Jair Bolsonaro (PL).

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