Movimento de carta pela democracia defende compromisso com Constituição
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Constituição Federal. Foto: Renan Xavier / Metrópoles
Por Raquel Valente
O movimento Estado de Direito Sempre, responsável pela Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito, divulgou uma nota na terça-feira (6/9) em homenagem ao bicentenário da Independência e em defesa do compromisso com a Constituição.
A carta lida na manhã de 11 de agosto na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) ultrapassou a marca de 1 milhão de assinaturas. A iniciativa ocorreu após diversos ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral.
“Há menos de um mês, no dia 11 de agosto, vivemos um capítulo memorável com a leitura da ‘Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito’. Você fez parte dessa história. Agora comemoraremos o bicentenário da Independência do Brasil. Homenagear o 7 de setembro é também reafirmar o compromisso com a democracia e com a Constituição de 1988”, diz a nota.
O texto ainda convocou os brasileiros para exercerem os direitos de cidadania nas eleições de 2022. “Uma nação independente pressupõe o respeito às instituições e à vontade livre das cidadãs e cidadãos, sendo o acatamento do resultado da eleição um valor inquestionável. O orgulho de ser brasileiro deve ser festejado! Nossa sociedade é capaz de decidir seus próprios rumos. Vamos continuar escrevendo a nossa história”.
Atos políticos no país
Desde a publicação, em 26 de julho, a carta em defesa da democracia recebeu o apoio de políticos de esquerda e de direita, de economistas ortodoxos e heterodoxos; de advogados lavajatistas e garantistas; e até mesmo de personagens que já estiveram ligados ao governo de Jair Bolsonaro (PL).
A iniciativa foi lançada em reação aos ataques de Bolsonaro às urnas eletrônicas. Sem citar nomes, o documento afirmava que o Brasil “está passando por um momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições”.
Além da leitura principal, outras 21 instituições aderiram à mobilização. Movimentos sociais também organizaram atos nos estados e no Distrito Federal. Os discursos lembraram as perdas da ditadura e foram marcados pela cobrança da manutenção do Estado democrático de Direito e do respeito ao sistema eleitoral brasileiro.
Artistas se engajaram no movimento por meio da divulgação de um vídeo recitando a carta. Entre as personalidades que participaram, estão Fernanda Montenegro, Marisa Monte, Anitta, Juliette, Seu Jorge, Caetano Velloso, Wagner Moura e Gal Costa.