Mulher que diz ser filha de Pelé perde ação na Justiça depois de dois testes negativos de DNA

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A Justiça de São Paulo julgou improcedente a ação de investigação de paternidade movida por Maria do Socorro Azevedo contra Edson Arantes do Nascimento, o Pelé (1940-2022).

Segundo decisão de quarta-feira (27), dois exames de DNA, “realizados livremente em dois laboratórios por convenção das partes, concluíram pela absoluta exclusão de paternidade do réu em relação à parte autora”.

“Embora um dos laudos tenha resultado parcialmente inconclusivo (fl. 287), reputo desnecessária realização de novo exame de DNA, uma vez que o conjunto probatório existente nos autos mostra-se suficientemente robusto para comprovar a inexistência do vinculo biológico”, afirma a juíza Fernanda Regina Balbi Lombardi, da 1ª Vara da Família e Sucessões do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), na decisão.

A magistrada também determinou a extinção do processo. Cabe recurso.

O ex-jogador deixou consignado em seu testamento que poderia ter uma outra herdeira além de sua viúva, Márcia Aoki, de seis filhos e de dois netos.

Aoki é representada na ação pelo advogado Luiz Kignel.

Em setembro de 2022, o TJ-SP despachou uma carta precatória de intimação para que ele fosse submetido a um teste de paternidade.

Os advogados do rei decidiram não recorrer da intimação e afirmaram que o teste de DNA é natural em uma ação de paternidade. Pelé, no entanto, não chegou a fazer o teste. Ele morreu em dezembro de 2022, vítima de um câncer.

Os filhos do rei foram aconselhados a se submeter ao teste para confirmar, ou não, a paternidade —o que foi feito.

O ex-craque deixou uma fortuna ainda não especificada pela Justiça, mas já estimada em US$ 15 milhões. Além de uma casa no Guarujá (SP), ele tinha investimentos em imóveis comerciais e detinha parte dos direitos sobre a marca “Pelé”.

O atleta teve três filhos de seu primeiro casamento com Rosemari de Reis Cholbicon: Kely Cristina, Jennifer e Edinho. Nos anos 1990, nasceram os gêmeos Celeste e Joshua, do relacionamento com Assiria Lemos Seixas.

Em 2002, Pelé assumiu a paternidade de Flávia Cristina Kurtz, na época com 34 anos, que nasceu em Porto Alegre (RS) de um relacionamento do ex-jogador com uma estudante de jornalismo em 1968, Lenita Kurtz. A paternidade foi revelada por Helio Viana, ex-sócio de Pelé, à revista Isto É Gente daquele ano. O ex-futebolista conheceu a filha em 1994, mas só resolveu fazer a revelação no início dos anos 2000.

Exame de DNA comprovou que o ex-jogador era pai também de Sandra Regina Machado, de um rápido relacionamento que Pelé teve com Anísia Machado, nos anos 1960. Sandra morreu em 2006 de câncer.

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