Negociações avançam, e União Brasil pode garantir comando da Embratur

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Sede da Embratur. Foto: Reprodução

Por Tainá Farfan e Tainá Falcão

Além do Ministério do Turismo, agora sob o comando de Celso Sabino (União Brasil-PA), o União Brasil pode garantir também o comando da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur).

Lideranças da sigla ouvidas pela reportagem afirmam que já receberam sinalização positiva do Palácio do Planalto para a mudança.

Antes de chancelar o movimento, no entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria pedido aos aliados tempo para encontrar outro espaço para o atual presidente da Embratur, Marcelo Freixo (PT-RJ).

Na mesa de negociações, o União Brasil promete garantir votos dos 59 deputados da legenda, em especial, nas pautas econômicas de interesse do governo.

Em conversas reservadas, lideranças deixaram claro a Lula que querem receber um “pacote completo”, que inclui a Embratur ou cargos estratégicos em pastas que hoje estão sob o comando do PT.

Além disso, a avaliação de fontes ouvidas pela reportagem é que o União quer ter o mesmo tratamento que os outros partidos que compõe o governo.

Ou seja, ter a chefia e também os principais cargos da pasta que comanda. É o que ocorre no Ministério das Cidades, por exemplo, sob o comando do MDB.

Sem isso, “Celso será uma nova Daniela”, avaliou uma fonte, se referindo à antiga ministra do Turismo, avaliada como cota pessoal de Lula e que deixou o governo antes do primeiro ano.

Ministérios para o Centrão

Lula está desenhando alternativas para que a reforma ministerial possa contemplar partidos como o PP e o Republicanos. O assunto deve ser discutido durante reunião entre o chefe de Estado e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), nesta sexta-feira (21).

Após entregar a reforma tributária e o projeto de lei que altera as regras do CARF, o partido de Lira indicou André Fufuca, líder da sigla na Câmara, para chefiar o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), e o Republicanos indicou Silvio Costa Filho para o Ministério do Esporte.

As duas opções enfrentam resistências e Lula estuda alternativas. Os dois indicados se reuniram na terça-feira (18) com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT-SP).

Nos encontros, o ministro sinalizou que “tirando o ministério da Saúde, nenhuma pasta está 100% preservada, incluindo o MDS”, afirmou uma fonte que presenciou as reuniões.

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