Número de palestinos mortos em ofensiva israelense em Gaza ultrapassa 35 mil, diz ministério da Saúde, controlado pelo Hamas

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Mortos em um ataque aéreo na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 5 de maio de 2024 — Foto: Hatem Khaled/Reuters

Mais de 35 mil palestinos já foram mortos pela ofensiva militar de Israel em Gaza, informou o Ministério da Saúde do território, controlado pelo Hamas.

De acordo com o Hamas, já são 35.091 mortos e 78.827 feridos desde outubro, quando Israel declarou guerra ao grupo.

O número foi alcançado em meio a uma série de operações das Forças de Defesa de Israel em Rafah, no Sul da Faixa de Gaza, em meio a uma intensa condenação internacional.

Palestinos aguardam para receber comida de cozinha comunitária em Deir el-Balah, na região central de Gaza — Foto: AFP
Palestinos aguardam para receber comida de cozinha comunitária em Deir el-Balah, na região central de Gaza — Foto: AFP

Para justificar a invasão na cidade, Israel afirma que Rafah é o último bastião do Hamas na Faixa de Gaza e, portanto, o último front de batalha para completar sua guerra contra o grupo terrorista.

A cidade havia se tornado o último refúgio para palestinos deslocados de outras cidades que haviam sido alvo de bombardeios e operações terrestres israelenses em Gaza.

Cerca de 300 mil palestinos já fugiram de Rafah até a madrugada de domingo (12), estima a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês).

Os palestinos fogem da cidade após as Forças de Defesa de Israel terem ordenado no último dia 6 a evacuação de refugiados no leste da cidade para iniciar uma incursão terrestre em busca de eliminar o Hamas.

A ONU considera que esses palestinos estão sendo submetidos a um deslocamento forçado e é contra essa prática. A entidade bilateral e a comunidade internacional criticam a incursão israelense na cidade por conta das possíveis implicações humanitárias aos refugiados na região. Um relatório do Departamento de Estado dos EUA diz que Israel pode ter violado lei humanitária internacional em Gaza.

Oposição dos EUA

Os Estados Unidos, maior aliado de Israel, são contra uma operação em larga escala do exército israelense em Rafah porque não houve um plano humanitário adequado para a população que se refugiou na cidade durante a guerra, segundo o porta-voz da Secretaria de Estado, Matthew Miller.

Como represália à entrada em Rafah, os EUA interromperam o envio de bombas para Israel na semana passada. Ao mesmo tempo, o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse acreditar que a operação israelense na cidade é “limitada”.

Israel e Hamas estão em guerra desde o dia 7 de outubro de 2023, quando o grupo terrorista atacou o território israelense deixando cerca de 1.200 mortos. Em resposta, as Forças de Defesa de Israel realizam uma ofensiva na Faixa de Gaza para eliminar o grupo, o que causou a morte de quase 35 mil palestinos até o momento, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

Casa Branca diz acreditar que não há genocídio na Faixa de Gaza

O assessor de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, disse na segunda-feira (13) que o governo de Joe Biden afirmou que não considera que os assassinatos de palestinos na Faixa de Gaza por Israel, em sua guerra contra o grupo terrorista Hamas, constituam um genocídio.

Sullivan disse a jornalistas, na Casa Branca, que os EUA querem ver o Hamas derrotado, que palestinos apanhados no meio da guerra estão no “inferno” e que uma grande operação militar de Israel em Rafah seria um erro. 

“Não acreditamos que o que está acontecendo em Gaza é um genocídio. Deixamos registrado com firmeza a rejeição dessa proposição”, afirmou Sullivan.

Para justificar a invasão na cidade, Israel afirma que Rafah é o último bastião do Hamas na Faixa de Gaza e, portanto, o último front de batalha para completar sua guerra contra o grupo terrorista.

A cidade havia se tornado o último refúgio para palestinos deslocados de outras cidades que haviam sido alvo de bombardeios e operações terrestres israelenses em Gaza.

Cerca de 300 mil palestinos já fugiram de Rafah até a madrugada de domingo (12), estima a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês).

Biden tenta ser reeleito

Em disputa pela reeleição neste ano, Biden tem enfrentando críticas de seus próprios eleitores nos EUA por conta do apoio a Israel — alguns dos críticos acusaram os israelenses de cometerem um genocídio. Mais de 35 mil palestinos morreram em Gaza, segundo autoridades de Saúde locais, que são controladas pelo Hamas.

Ao reiterar comentário feito por Biden no sábado (11), Sullivan disse que pode haver um cessar-fogo em Gaza neste momento se o Hamas libertar reféns. O mundo deveria estar chamando o Hamas de volta à mesa de negociação para aceitar um acordo, defendeu Sullivan.

Os EUA trabalham por um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns, afirmou Sullivan. Ele não conseguiu prever quando ou se um acordo como esse será fechado.

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