Vista área de zonas queimadas da Amazônia, perto de Boca do Acre, estado do Amazonas, Brasil, em 24 de agosto de 2019 - AFP/Arquivos

O pulmão do mundo está aqui, no Brasil. A Floresta Amazônica não é uma necessidade particular, é mundial. O mundo vivencia a eminência de um colapso climático, o novo relatório da ONU sobre as mudanças climáticas avisou que, se nada for feito, até 2060 a temperatura média da Terra aumentará 2 graus, colocando em risco ecossistemas inteiros e, claro, a vida humana.

No entanto, o País responsável pela preservação da maior floresta tropical do mundo parece querer, na verdade, destruí-la. Especialistas apontam que a Amazônia pode queimar mais de dez mil quilômetros este ano (de janeiro a agosto, mais de 39 mil focos de incêndio foram encontrados). A floresta pede socorro e o presidente da República, Jair Bolsonaro, incentiva a exploração de terras indígenas, abrindo caminho para o garimpo (tanto ilegal quanto legal), colocando o bioma brasileiro em um lugar perigoso como jamais fora visto antes.

Em um cenário tão desesperador, o Dia da Amazônia não foi comemorado e, sim, transformado em um enorme pedido de socorro. Nas principais capitais do País e na cidade de Porto, em Portugal, fotos foram projetadas na fachada de edifícios e de pontos turísticos, como o Cristo Redentor. O projeto faz parte da campanha “Eu Cuido da Amazônia”, realizada pela Fundação Amazônia Sustentável.

Ao longo do domingo 5, imagens de moradores de unidades de conservação ambiental foram projetadas para uma mensagem em uníssono: sem floresta, não há vida. O intuito era fazer com que no dia da nossa floresta, brasileiros e brasileiras acendam em si a chama da mudança. O Brasil passa pela maior crise hídrica dos últimos 91 anos – e a matemática é clara, se a floresta não está em pé, não tem como os rios estarem cheios. Defender a floresta é defender a vida.

Mariana Ferrari

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