Oito pessoas participaram de ataque a ônibus em João Pessoa que deixou motorista morto, aponta investigação policial

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Ônibus ficou completamente destruído após ser incendiado com passageiros e motorista dentro, em João Pessoa — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

As investigações da Força-Tarefa de Combate ao Crime Organizado na Paraíba já conseguiram definir uma espécie de radiografia sobre o incêndio a ônibus registrado em 17 de julho deste ano, em João Pessoa, que deixou o motorista do veículo morto e três passageiros feridos. Ao todo seriam oito criminosos envolvidos, sendo três mandantes e cinco executores.

As informações foram repassadas na quarta-feira (23), na sede da Polícia Federal na Paraíba, durante entrevista coletiva realizada algumas horas depois de ter sido desencadeada a Operação Kerberos 2, que cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em João Pessoa e Bayeux.

Delegada da Polícia Civil da Paraíba, Maíra Araújo explica que, dos cinco executores do crime, dois já estão presos, um foi morto em conflitos entre os próprios criminosos, um está com mandado de prisão em aberto e é considerado foragido, um ainda falta ser identificado. Já com relação aos mandantes, um está preso, um está foragido, com mandado de prisão já expedido, um ainda falta ser identificado.

Ela explica ainda que foram apreendidos carregadores, pistolas, munições e drogas. Na terça-feira (22), houve também a apreensão de um carro clonado, inclusive com confronto entre policiais e criminosos.

Operação Kerberos 2 foi desencadeada nesta quarta-feira (23) — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução
Operação Kerberos 2 foi desencadeada nesta quarta-feira (23) — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução

Diante das características que a força-tarefa já conseguiu reunir, por sinal, a delegada destacou que não existem mais dúvidas de que o ataque ao ônibus foi realizado por pessoas ligadas a organizações criminosas, mas que a motivação do crime ainda está sendo investigada.

Apesar de todo o avanço nos trabalhos, de toda forma, o entendimento geral é de que muito mais ainda precisa ser feito. É o que garante a superintendente da Polícia Federal na Paraíba, a delegada Christiane Machado, que prevê outras fases da operação.

“Haverá ainda mais desdobramentos”, destaca.

Ela explica também que a primeira prisão aconteceu 11 dias depois dos fatos, quando o homem responsável pela logística do crime foi preso. A partir daí e de novas investigações, os demais envolvidos foram sendo identificados. Dos quatro novos mandados de prisão expedidos para esta quarta-feira (23), dois foram cumpridos.

Por fim, o comandante da Polícia Militar da Paraíba, Sérgio Fonseca, comentou que a força-tarefa tenta com as últimas ações dar uma resposta a um “crime bárbaro” e que muito do foco das investigações se concentrou em Bayeux. Ele frisa que, só no mês de agosto, foram apreendidos mais de 20 armas de fogo, três coletes balísticas e mias de duas mil embalagens de drogas no município, que era onde parte dos envolvidos moravam.

Policiais militares participaram da operação em Bayeux, na Grande João Pessoa — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução
Policiais militares participaram da operação em Bayeux, na Grande João Pessoa — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução

Sobre os dois homens presos na quarta-feira (23), ele classificou como sendo de “alta periculosidade”. Um deles, inclusive, teria participado efetivamente do incêndio criminoso que resultou na morte do motorista do ônibus.

As identidades, contudo, serão mantidas em sigilo, para não atrapalhar as investigações.

Participaram da entrevista coletiva ainda a Polícia Rodoviária Federal e a Secretaria de Administração Penitenciária. Essa última, porque dois dos alvos dos mandados de prisão são pessoas que estavam presas e que foram postas em liberdade sob a condição de usarem tornozeleiras eletrônicas.

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