Os destaques e as fraquezas do Al Hilal, rival do Flamengo no Mundial

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Marega converte pênalti em disputa contra o Wydad — Foto: David Ramos/FIFA

Por Thayuan Leiras

O primeiro adversário do Flamengo no Mundial de Clubes será o campeão asiático que tem dois ex-rubro-negros e levou um time inteiro para a última Copa do Mundo. O Al Hilal passou pelo Wydad Casablanca, mas mostrou defeitos e terá desfalques que favorecem o lado brasileiro da disputa.

O representante asiático passou, mas não foi o melhor do confronto. O time da casa foi superior em muitos momentos e esteve perto da classificação ao abrir o placar. O fim do confronto apenas nos pênaltis, com o gol de empate nos acréscimos, reflete bem o tamanho do drama pelo qual passou o time considerado favorito.

Com um elenco mais caro e conhecido, o Al Hilal mostrou problemas na defesa, que é entrosada também pela seleção saudita. Mas, principalmente, teve dificuldade na criação contra uma equipe agressiva e bem organizada. Boa notícia para o Flamengo, além dos desfalques do meia Kanno, que foi expulso, e do atacante peruano Carrillo, machucado.

Destaques internacionais

O mercado enriquecido pelo petróleo atrai jogadores de todo o mundo para a Arábia Saudita. Seja da América do Sul ou veteranos que fizeram trajetória no futebol europeu. No caso do Al Hilal, as estrelas estrangeiras estão no ataque. Contra o Wydad, ele foi formado pelo brasileiro Michael, o nigeriano Ighalo e o franco-malinês Marega. Há também o argentino Vietto e o peruano Carrillo, que se machucou na tarde de sábado (4).

Marega converte pênalti em disputa contra o Wydad — Foto: David Ramos/FIFA
Marega converte pênalti em disputa contra o Wydad — Foto: David Ramos/FIFA

Marega é o grande nome por vir recentemente de passagem vitoriosa por Portugal. No Oriente Médio, manteve a veia artilheira, apesar de ter passado em branco no sábado (4). Além dos atacantes, há estrangeiros em outras posições, como Cuéllar, no meio de campo, e o coreano Jang na defesa.

Um time inteiro na Copa

Fora os estrangeiros, o Al Hilal emplacou, praticamente, um time inteiro de convocados para a Copa do Mundo pela Arábia Saudita. Foram 11 jogadores chamados para o time nacional: um goleiro, quatro defendores, cinco meio-campistas e um atacante.

Desses nomes, cinco foram titulares no sábado (4): os defensores Al-Bulayhi, Nasser e Abdulhamid e os meias Salem e Kanno. Salem fez o gol histórico da vitória sobre a Argentina no Catar, enquanto Kanno salvou a equipe da eliminação nesse sábado.

Detalhe para o goleiro Al Owais, que foi titular na Copa do Catar e ficou no banco na estreia do Mundial de Clubes. Quem iniciou no torneio foi Abdullah Al-Mayouf.

Dupla ex-Flamengo

Para o rubro-negro que acredita em lei do ex, há duas más notícias: o volante Cuéllar e o atacante Michael são titulares do Al Hilal. Ambos foram contratados pelo clube árabe após se destacarem com a camisa do Flamengo e são peças importantes da equipe rival.

Contra o Wydad, Michael foi discreto na ponta direita e não repetiu os melhores momentos que teve pelo Fla. Cuéllar mostrou a disposição de sempre e mostrou ser um dos líderes do elenco. O colombiano errou alguns passes, mas foi o jogador mais acionado no meio de campo.

Cuellar em ação durante Wydad x Al Hilal, pelo Mundial de Clubes — Foto: Fred Gomes
Cuellar em ação durante Wydad x Al Hilal, pelo Mundial de Clubes — Foto: Fred Gomes

O treinador

Assim como os destaques do time, o treinador também é estrangeiro. O clube aposta no argentino Ramón Díaz, que é um velho conhecido, já que treinou o clube entre 2016 e 2018 e soma títulos.

Ramon Díaz, técnico do Al Hilal — Foto: Getty Images
Ramon Díaz, técnico do Al Hilal — Foto: Getty Images

Apesar do sucesso no Oriente Médio, foi no país natal onde Ramón fez história. Ele é nada menos que o segundo técnico mais vitorioso do River Plate. Levantou a taça da Libertadores e empilhou títulos nacionais, campanhas que despertaram o interesse de mercados mais ricos.

Há uma curiosidade sobre o treinador: a única experiência no Brasil, na verdade, não aconteceu na prática. É que ele assinou com o Botafogo em 2020, mas não assumiu a equipe de cara por um problema de saúde. O clube cansou de esperar pela recuperação e o mandou embora antes de ele começar o trabalho presencialmente no Rio de Janeiro.

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