Pai de menina morta em ritual em Minas foi o primeiro a suspeitar de crime

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Casa abandonada onde o homicídio foi cometido. Fotos: Reprodução / Youtube / Metrópoles

O pai da pequena Maria Fernanda de Camargo, de 5 anos, que morreu após ritual religioso, ocorrido no dia 24 de março, em Frutal, no Triângulo Mineiro, foi a primeira pessoa que ao suspeitar do crime, comunicou a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).   “Primeiro tomamos conhecimento por meio da imprensa que a morte teria ocorrido após um acidente doméstico, envolvendo churrasqueira e álcool. Mas, o pai da vítima estanhou o comportamento da mãe, da tia e dos avós que estariam presente nesse churrasco. Além disso, ele achou estranho que estava presente no local do fato um guia espiritual”, explicou o delegado Murilo Cesar Antonini, responsável pelas investigações.

  “Baseado nisso nós descartamos a hipótese de um acidente doméstico e instauramos um inquérito para apurar um suposto homicídio culposo (quando uma pessoa mata a outra sem ter a intenção, por negligência, imperícia ou imprudência)”, completou.    Entretanto, ao longo das investigações, ainda de acordo com Antonini, quando foram ouvidas testemunhas, os médicos que atenderam a vítima, além de informações de laudos policiais, foi concluído que vítima teria participado de um ritual de evocação e incorporação de espíritos malignos, na companhia dos avós, da tia e da mãe, sendo que um líder espiritual teria jogado álcool com ervas no corpo da criança e, posteriormente ateado fogo, usando uma vela e queimando-a viva.   Desta forma, os cinco suspeitos (presos na quarta-feira, 20/4, na Operação Incorporação da Verdade), ainda conforme o delegado, neste momento, estão sendo investigados por homicídio doloso com dolo eventual.   O homicídio com dolo eventual é aquele que a pessoa prevê que suas atitudes podem resultar na morte de outra. Entretanto, mesmo assim, prossegue com a ação, assumindo o risco de matar. O homicídio doloso é aquele em que existe o dolo, ou seja, há a intenção de matar.   As investigações do caso prosseguem e, uma vez concluídas, o inquérito policial será remetido à Justiça.   Os suspeitos foram inicialmente presos por 30 dias, podendo ser prorrogada a prisão deles ou convertida em prisão domiciliar.   Ainda segundo informações atualizadas do delegado responsável pelo caso, a PC de Frutal, em breve, vai realizar a reconstituição (reprodução simulada) da morte de criança. Ainda não há uma data certa para essa nova etapa das investigações.

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