Papa Francisco. Foto: EFE/Vincenzo Pinto

O papa Francisco condenou nesta segunda-feira (27) o que classificou como “eutanásia encoberta” de idosos. Ele também pediu o fim da prática de abortos.

– Somos vítimas da cultura do descarte – garantiu o líder da Igreja Católica.

O pontífice deu declarações durante sessão plenária da Pontifícia Academia para a Vida.

– Há o desperdício de crianças que não queremos receber, com esta lei do aborto que as envia ao remetente e as mata diretamente. E, hoje, isto se tornou uma forma normal, uma prática muito feia e que é realmente assassinato – completou.

O papa lamentou que crianças e idosos sejam tratados como “materiais descartáveis”, porque não são considerados necessários, lembrando que estes últimos são “sabedoria, são as raízes da sabedoria da nossa civilização”.

– Tenhamos cuidado com essa cultura. Não é um problema de uma lei ou outro; é um problema de descarte – afirmou o papa.

O líder religioso pediu, em seguida, que acadêmicos, universidades e hospitais católicos não sigam o que chamou de “caminho do desperdício”. Ele ressaltou ainda a importância de lutar contra a pandemia da Covid-19 em continentes em que as necessidades são mais urgentes e onde, por exemplo, há falta de vacinas, assim como de água potável e alimentos.

Por fim, Francisco defendeu que “exista um serviço de saúde gratuito”, que este seja mantido nos países que já contam com um, para que não apenas os que podem pagar contem com tratamento médico.

Poliana Skaf

*EFE

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