Para ministro da Educação de Lula, foi um equívoco investir em escolas cívico-militares

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Camilo Santana (PT), ex-governador do Ceará, é o novo ministro da Educação (Foto: Agência Brasil)

Por Thamirys Andrade

Questionado sobre o futuro das escolas cívico-militares, o próximo ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que irá reavaliar essa política que, em sua visão, foi “equivocada” por parte do governo anterior. Embora negue que planeje chegar ao comando do órgão já promovendo um revogaço – como defendem membros da equipe de transição -, ele salientou que as escolas cívico-militares não serão “uma das prioridades” da nova gestão.

– Nós vamos avaliar, repito, como eu disse aqui para a Andreia [Sadi], não é uma coisa de chegar e logo fazer revogaço, é uma coisa a ser avaliada. Mas o próximo ministério terá foco e terá prioridades, e essa não será uma das prioridades do ministério (…). Nós vamos avaliar, meu estilo não é chegar já… é de diálogo, de abertura, procurar buscar consenso, mas repito, procurando priorizar e dar foco naquilo que é compromisso do presidente Lula – assinalou Santana, em entrevista à GloboNews.

Na ocasião, Camilo afirmou que as escolas militares não tiveram receptividade por parte de estados e municípios e garantiu que irá cobrar os números dos resultados dessa política.

– Eu vejo que não houve uma receptividade muito grande por parte dos estados e municípios para a aceitação dessa política. (…) Eu ainda não tenho números para saber os resultados dessas escolas. Existe uma diretoria que cuida dessa política, eu vi na estrutura do ministério, nós vamos procurar cobrar os números e avaliação. (…) Nós vamos procurar compreender os resultados dessa política que foi implementada pelo Ministério da Educação, que eu repito, eu não vi muita ressonância, muita aceitação por parte dos estados e municípios – acrescentou.

Camilo também demonstrou insatisfação com o ensino domiciliar, conhecido como homeschooling, aprovado pelo Congresso.

– Vou defender que a gente possa reconstruir com outras políticas prioritárias, mais importantes do que essa [escolas militares], como também o ensino domiciliar. Eu não o considero uma política prioritária para a educação brasileira. É importante a presença do aluno na escola, o convívio, a relação – defendeu.

Veja um trecho da entrevista:

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