Paraibano que morreu após incêndio em fábrica de fogos no RN estava em trabalho temporário
Um dos paraibanos que morreu após incêndio em uma fábrica de fogos de artifício em Parnamirim, Rio Grande do Norte, no dia 28 de dezembro, estava fazendo trabalho temporário na empresa durante o período de fim de ano, de acordo com a família.
Antônio Carlos Bezerra Nascimento, de 46 anos, era de Campina Grande, casado e pai de dois filhos. Ele estava desempregado e foi fazer um trabalho extra na empresa em meados do mês dezembro de 2022, conforme informações da família. Ele iria retornar para Campina Grande logo após o ano novo e procurar outro emprego.
Antônio Carlos foi uma das vítimas, com mais de 90% do corpo queimado, que estava na UTI do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, desde o dia do acidente. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no início da tarde da terça-feira (3), segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesap) do Rio Grande do Norte.
Segundo a família, o corpo de Antônio Carlos estava no Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP), em Natal, e seria liberado por volta da 13h da quarta-feira (4) para a funerária, para só então seguir para Campina Grande, onde família e amigos prestarão as últimas homenagens.
Ainda segundo informações da família, a empresa responsável pela fábrica não entrou em contato com eles. O grupo realizou o pagamento da funerária na tarde da terça-feira (3) e não comunicaram nada à família.
A Polícia Civil deve ouvir o proprietário do galpão ao lado, que também foi atingido, e o proprietário da fábrica, dando continuidade às investigações.
O velório de Antônio Carlos será na Mortuária A Viagem, no bairro de São José, em Campina Grande, durante a noite da quarta-feira (4). O sepultamento será no Cemitério Municipal, no bairro do Cruzeiro, nesta quinta-feira (5), às 8h.
Sobre o caso
Um incêndio destruiu uma fábrica de fogos de artifício no dia 28 de dezembro em Parnamirim, na Grande Natal, e deixou pelo menos cinco pessoas feridas.
O incêndio foi logo percebido por vizinhos por conta das explosões seguidas dos fogos de artifício e da fumaça preta. Segundo testemunhas, após o início das explosões, parte dos funcionários da fábrica se escondeu em um banheiro e outra parte quebrou uma parede para fugir do local.
Os trabalhadores saíram e ficaram na calçada da rua até a chegada do atendimento médico. De acordo com o Corpo de Bombeiros, 10 pessoas estavam na fábrica quando o incêndio começou.
O fogo atingiu ainda um depósito de produtos de plástico e alumínio que fica ao lado da fábrica de fogos de artifício. O local também ficou destruído.
Em nota, a empresa CCS Fogos, responsável pelos fogos de artifício, disse que os fogos explodiram “no momento do descarregamento do caminhão que trazia os fogos de João Pessoa, na Paraíba, para Parnamirim”.
Segundo a empresa, o galpão era alugado e no dia 29 de dezembro os fogos seriam entregues à Prefeitura de Parnamirim. Eles foram comprados para “usar no réveillon da cidade”, segundo a nota.
Apesar de a empresa citar o descarregamento, testemunhas não presenciaram nenhum caminhão no momento do acidente.