PF identifica servidor que agrediu Gilmar verbalmente em Lisboa, e ministro pede investigação
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Ministro Gilmar Mendes, do STF. Foto: Carlos Humberto / SCO / STF
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ingressou na semana passada com uma representação na Justiça contra um funcionário do INSS que o agrediu verbalmente no aeroporto de Lisboa.
O magistrado aguardava o embarque em uma cafeteria quando o servidor se aproximou afirmando que o Brasil estava sendo “destruído por pessoas como você”, além de outras palavras consideradas ofensivas.
O vídeo foi postado em canais de direita que definiram o homem como “patriota”.
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O ministro encaminhou representação à Polícia Federal, que identificou o cidadão como sendo Ramos Antonio Nassif Chagas.
Além de pedir uma investigação criminal, os advogados do ministro vão mover uma ação pedindo reparação por danos morais, e vão oficiar a Controladoria Geral da União (CGU) para que o órgão apure se os atos dele no aeroporto são compatíveis com o código de defesa do servidor federal.
Na representação, o ministro relatou que o servidor lhe dirigiu ofensas diretas e, também, à instituição Supremo Tribunal Federal.
“Não bastasse a ofensa pessoal, o agente criminoso também divulgou o vídeo na rede social X (antigo Twitter) para atingir um público indeterminado e ampliar os danos causados à minha imagem e a da Suprema Corte”, diz Mendes na representação.
O magistrado afirmou, ainda, que o servidor teve como objetivo intimidá-lo e “desestabilizar o funcionamento da instituição”, dentro de um movimento “articulado e coordenado de ataques aos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, organizado por extremistas e detratores da democracia”.