PR: Criança é chamada de ‘cocô’ e leva cuspida no rosto em escola privada, denunciam pais

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Os pais de uma criança de 4 anos afirmam que a filha Mary Kayne Belotte Elysse sofreu racismo em uma escola privada de Curitiba (PR), o Sesc Educação Infantil. Conforme Frandeline Belotte, mãe da menina, a filha foi chamada de “cocô” e levou uma cuspida no rosto de um menino da mesma idade.

Pais de Mary Kayne Belotte Elysse alegam que ela sofreu racismo na escola Arquivo pessoal

Ainda conforme os pais da criança, a escola foi avisada sobre o caso mas não tomou providências. Os episódios ocorreram nos dois primeiros meses de aulas neste ano. “Na primeira semana, o menino já chamou minha filha de cocô. A gente conversou com ela para incentivá-la a continuar estudando, que aquilo ia passar”, explicou a mãe da criança.

No entanto, pouco tempo depois, o mesmo menino teria feito Mary Kayne tropeçar enquanto ela subia no escorregador e, com a queda, a menina quebrou o pulso. Por conta disso, Frandeline e o marido, o poeta Reginald Elysee, conhecido como Rei Seely, e procurou a coordenação para uma conversa. Segundo ela, a pedagoga e a professora afirmaram que conversariam com a mãe do menino.

Em nota ao jornal O Globo, a escola diz que câmeras de segurança apontam que a menina caiu sozinha do escorregador.

A escola diz ainda que “nunca houve nenhum ato de preconceito ou discriminação dentro da entidade”. Diz também que é “contrária à intolerância e assume o compromisso de apurar situações de preconceito, discriminação e assédio” e que “adotou internamente diversas medidas para averiguação da veracidade dos fatos” no caso da menina. Questionada pela reportagem se nega que a menina tenha sido cuspida pelo menino, a escola não respondeu.

Conforme os pais da menina, a mãe do menino trabalha na escola. A situação foi denunciada ao Ministério Público e também ao Conselho Tutelar. Os pais de Mary Kayne também pretendem registrar um boletim de ocorrência.

Ainda segundo a família, eles decidiram abrir mão da bolsa de estudo da criança e matricular a filha em uma escola pública da capital paranaense.

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