Renato Duque, ex-diretor da Petrobras preso, foi condenado 12 vezes em processos na Lava Jato

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Renato Duque — Foto: Reprodução

Renato Duque, ex-diretor da Petrobras preso no sábado (17) em Volta Redonda, no Sul do Rio de Janeiro, tem pelo menos 12 condenações no âmbito da operação Lava Jato, que identificou um grande esquema de corrupção na diretoria de Serviços da Petrobras – à época, comandada por ele.

💸 De acordo com o Ministério Público Federal, o esquema permitiu o desvio de recursos públicos em obras de diversas refinarias e gasodutos, contratos de sondas e outras contratações.

💸 As investigações da Lava Jato apontaram que diretores da Petrobras pediam propina para garantir vantagens nesses contratos. Como membro do esquema, Duque também teria recebido esses valores.

A primeira pena contra Duque aconteceu em 2015, durante a 10ª fase da Lava Jato. Ele foi condenado por associação criminosa. A pena para o ex-diretor foi de 20 anos 8 meses. À época, ele estava preso no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

O ex-diretor de Serviços da Petrobras chegou a ser preso em março de 2015, mas foi liberado em março de 2020 para responder aos processos em liberdade.

Após ser solto, Duque colocou tornozeleira eletrônica e deixou a prisão no Paraná rumo ao Rio de Janeiro. Além disso, foi obrigado a entregar o passaporte e proibido de manter contato com outros investigados na Lava Jato.

Menos de um ano depois, ele foi mais uma vez condenado, agora por corrupção passiva e lavagem de dinheiro: 20 anos de prisão, três meses e 10 dias, inicialmente em regime fechado. A decisão aconteceu durante a 14ª fase da Lava Jato.

O então juiz Sergio Moro afirmou, na ocasião, que houve pagamento de propina a funcionários da petrolífera, com destinação de recursos para financiamento político.

Veja abaixo as outras condenações de Renato Duque na Lava Jato:

  • setembro de 2015: 20 anos e 8 meses por corrupção e lavagem de dinheiro;
  • março de 2016: 20 anos, 3 meses e 10 dias por corrupção e lavagem de dinheiro;
  • maio de 2016: 10 anos por corrupção;
  • março de 2017: 6 anos e 8 meses por corrupção;
  • junho de 2017: 5 anos e 4 meses por corrupção;
  • agosto de 2017: 10 anos por corrupção;
  • maio de 2018: 2 anos e 8 meses por corrupção;
  • novembro de 2018: 3 anos e 4 meses por corrupção;
  • fevereiro de 2020: 6 anos, 6 meses e 10 dias por corrupção e lavagem de dinheiro;
  • julho de 2020: 3 anos e 11 meses por corrupção;
  • fevereiro de 2021: 3 anos, 7 meses e 22 dias por lavagem de dinheiro;
  • abril de 2021: 3 anos, 6 meses e 23 dias por lavagem de dinheiro.

O portal tenta contato com a defesa de Duque.

Momento da prisão

O ex-diretor de serviços da Petrobras estava foragido desde julho, quando a Justiça Federal de Curitiba expediu um mandado de prisão contra ele.

A condenação foi pelos crimes de corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro em um processo da Operação Lava Jato.

Duque, condenado a 39 anos de prisão, chegou a ser procurado em Curitiba. Segundo a PF, ele também tinha informado à Justiça um endereço no Rio de Janeiro.

Renato Duque, de 69 anos, foi encontrado em uma casa no bairro Niterói, após o cruzamento de informações de inteligência do Núcleo de Capturas da PF no Rio de Janeiro.

Levado para Benfica

Após os procedimentos legais, o preso foi encaminhado ao sistema prisional do estado, onde permanecerá à disposição da Justiça, segundo a PF. Ainda pela manhã de sábado (17), Renato Duque deu entrada no presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio.

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