Repórter da Globo é agredida fora do ar por mulher que diz ser apoiadora de Bolsonaro
Repórter da Globo em São Paulo, a jornalista Paula Araújo foi agredida por uma mulher pouco antes de entrar ao vivo no programa Conexão GloboNews, na edição da última segunda-feira (30/9). A agressora se dizia apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo apurou a coluna, Paula estava em frente à sede da emissora no bairro de Vila Cordeiro, na zona sul de São Paulo, para falar sobre as eleições na capital paulista. junto com um repórter cinematográfico. Por volta das 10h, enquanto esperava para passar suas informações, uma pessoa se aproximou.
A agressora tentou usar o tripé da câmera para agredir Paula, que conseguiu se defender. Logo em seguida, ela deu um tapa na repórter. A mulher acusou a Globo de perseguir Bolsonaro e seus apoiadores, e usou o jargão “Globo lixo” quando fugiu do local.
Por causa do acontecido, Paula Araújo teve sua entrada ao vivo no Conexão remanejada de horário, o que só aconteceu no fim da edição do telejornal da GloboNews. A repórter não prestou boletim de ocorrência.
Em nota enviada na terça-feira (1/10), o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJ-SP) repudiou o ocorrido e diz que tem orientado as emissoras para reforçarem a segurança de contratados por causa das eleições municipais, que ocorrem no domingo (6/10).
“O Sindicato do Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) repudia toda e qualquer violência contra os trabalhadores. Os jornalistas não podem ser confundidos com os donos dos meios de comunicação onde trabalham”, diz a nota.
“Há poucas semanas, o SJSP enviou às principais empresas de comunicação do estado um ofício reivindicando que as condições de segurança das e dos jornalistas sejam garantidas, principalmente num momento de cobertura eleitoral. Nesse documento, um dos pontos levantados é justamente a necessidade de as equipes saírem em pelo menos três pessoas – repórter, repórter cinematográfico e assistente. Dessa forma, situações como a que ocorreu hoje poderiam ser evitadas”, conclui o comunicado.