Rui Costa nega prorrogação de programa automotivo e diz que Lula fez ‘brincadeira’
Por Amanda Pupo, Eduardo Gayer e Sofia Aguiar
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse na quinta-feira, 15, que o governo Lula não tem planos de ampliar o programa emergencial para o setor automotivo. Segundo ele, o pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante reunião ministerial, para que a medida fosse prorrogada foi feito em tom de “brincadeira”. Costa falou com a imprensa após o fim do encontro que durou cerca de nove horas e meia no Palácio do Planalto.
“Não é plano do governo. É admirável a energia (do presidente). Ele fez uma brincadeira quando foi feito relato por Alckmin de que programa estava tendo sucesso, ele fez uma brincadeira, não está no planejamento do governo”, respondeu Costa ao ser questionado sobre a declaração de Lula.
Na quarta-feira, 14, ao ser questionado, Haddad disse que não haveria margem para ampliar os créditos para montadoras de veículos leves, que já pedem mais recursos, além dos R$ 500 milhões reservados para automóveis.
O ministro da Casa Civil avaliou ainda que o “sucesso” do programa mostra que, se o governo der condições de crédito a população e baixar os custos financeiros, o consumo e a Indústria no País vão voltar. “Com pequeno estímulo que governo deu, resultado já foi expressivo”, disse Costa.
O ministro ainda destacou o relato dos presidentes de bancos públicos que participaram da reunião, como o Banco do Brasil e Caixa, que, segundo Costa, estudam formas de viabilizar crédito mais barato para atender a parcela mais pobre, além do Banco do Nordeste, que quer aumentar o microcrédito para irrigar a economia, disse o ministro, citando o presidente do BNB, Paulo Câmara.