Suspeito de matar a menina Anielle vai para o presídio PB1, em João Pessoa

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Antes de ir para o presídio, ele deve passar pelo IPC para realização de exame de corpo de delito presencial.

José Alex foi preso em Pernambuco por suspeita de matar e violentar criança em João Pessoa, na Paraíba — Foto: PMPE/Divulgação

O homem suspeito de matar Anielle Teixeira, de 11 anos, em João Pessoa, deve ser encaminhado para a Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, conhecida como PB1. A decisão de manutenção da prisão preventiva foi tomada durante audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (9). Antes de ir para o presídio, José Alex da Silva deve passar pelo Instituto de Polícia Científica (IPC) da Paraíba para realização de exame de corpo de delito presencial.

Segundo a audiência, uma vez que não houve prisão em flagrante a justificar pedido de liberdade provisória ou conversão por medida cautelar, a juíza Andréa Carla Mendes Nunes Galdino decidiu manter a decisão do juiz plantonista da quarta-feira (8) de decretar prisão preventiva.

Ela afirma que sua transferência para o PB1 se mostra necessária, uma vez que é uma unidade prisional de segurança máxima e assim melhor atende a necessidade de resguardar a integridade física do suspeito.

O suspeito foi preso nesta quarta-feira (8), em Pernambuco, para onde fugiu após o crime. Ele foi transferido na noite desta quarta para a Paraíba.

José Alex é suspeito de matar Anielle Teixeira, de 11 anos, que estava desaparecida desde o último domingo (5), foi encontrado na madrugada desta quarta-feira (8), em uma mata no bairro de Miramar, em João Pessoa. Ele confessou o crime de feminicídio, mas negou que houvesse estuprado a criança, de acordo com o delegado Rodolfo Santa Cruz.

De acordo com o suspeito, depois de matar a criança por esganadura, ele foi para casa, no bairro São José, onde tomou banho, trocou de roupa e voltou para a praia para trabalhar.

Conforme informações da Polícia Civil, o corpo de Anielle foi encontrado apenas com a blusa. Ela sumiu na madrugada do domingo, depois de sair da praia do Cabo Branco de bicicleta com um homem.

Em depoimento na Central de Polícia Civil, o suspeito não soube informar ao delegado o motivo da criança estar sem a parte de baixo da roupa. A perita Amanda Melo, no entanto, que esteve no local quando o corpo foi encontrado, revelou que há suspeita de crime sexual, mas que a situação ainda está sendo investigada. Devido ao avançado estado de decomposição, a necropsia do corpo só deve começar a ser feita nesta quinta-feira (9).

De acordo com a Polícia Civil, após a repercussão do caso, uma mulher foi até a Delegacia da Mulher e fez uma denúncia contra José Alex por tentativa de estupro. Ela contou que o homem invadiu a casa dela, a segurou pelo pescoço e quis forçá-la a ir ao banheiro. Isso durou algum tempo, até que ela conseguiu se soltar e fugir. Conforme o delegado Rodolfo Santa Cruz, um novo inquérito será aberto pela Delegacia da Mulher e os fatos também poderão ser úteis para traçar o perfil do suspeito.

Homem era conhecido da menina

Conforme a delegada do caso, Luisa Correia, Anielle havia passado o sábado na praia com a mãe e com a irmã mais nova. A mãe decidiu dormir com as crianças em um quiosque cujos donos são conhecidos da mulher. Ela explicou que as taxas de transportes por aplicativo estavam muito altas, então resolveu ficar no local e ir embora de manhã cedo. Por volta das 5h, Anielle sumiu.

Criança desapareceu às 5h do domingo, na praia do Cabo Branco, em João Pessoa — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco
Criança desapareceu às 5h do domingo, na praia do Cabo Branco, em João Pessoa — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

O suspeito teria esperado a mãe da criança dormir e chegou até o local de bicicleta, onde teria permanecido por algum tempo conversando com ela. Em seguida, os dois saíram de bicicleta pela orla do Cabo Branco. A delegada explicou que tanto a mãe de Anielle quanto o homem faziam bicos no local, portanto, ele era conhecido da menina. O delegado Rodolfo Santa Cruz revelou que, conforme o depoimento do suspeito, ele conhecia a mãe de Anielle há cerca de seis anos e praticamente viu a criança nascer.

Crédito: g1

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