Segundo ele, esta comissão seria encarregada de “realizar auditorias financeiras e de performance completas de todo o governo federal e indicar reformas drásticas”. Também desenvolveria um projeto para eliminar “fraudes e pagamentos indevidos” em até seis meses após sua formação.
O governo dos EUA já possui, no entanto, um órgão responsável por medir a eficiência do governo —é o Escritório de Responsabilidade Governamental (GAO, na sigla em inglês), uma agência apartidária encarregada de investigar os gastos e avaliar o desempenho do governo federal.
Embora esta tenha sido a primeira vez em que Trump citou a iniciativa publicamente, indivíduos próximos dele disseram à agência de notícias Reuters que ele vem discutindo o plano com seus assessores há semanas.
A ideia é, no entanto, do próprio Musk. Em um podcast que foi ao ar em 19 de agosto, ele afirmou que vinha conversando com o ex-presidente sobre o assunto e que tinha interesse em assumir o órgão.
O bilionário —cuja plataforma X teve seu funcionamento suspenso no Brasil por ordem do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes— voltou a dizer que tem interesse na posição nesta quinta.
“Estou ansioso para servir aos Estados Unidos se tiver essa oportunidade”, escreveu ele, que nasceu na África do Sul, mas se naturalizou americano. “Não precisaria de nenhum tipo de pagamento, título ou reconhecimento.”
A proposta de Trump foi rechaçada imediatamente pela Federação Americana de Funcionários do Governo, sindicato que representa quase 750 mil trabalhadores da administração federal. Everett Kelley, presidente da entidade, acusou Trump e Musk de querer destruir o serviço público apartidário e substituir os trabalhadores atuais por aliados deles. “Isso não tem nada de eficiente”, afirmou ele à agência Reuters.
Trump usou o evento desta quinta dos seus planos para a economia se reeleito. Durante seu discurso, ele voltou a citar o projeto de reduzir a alíquota do imposto sobre empresas de 21% para 15% —mas apenas para aquelas que fabricam seus produtos nos EUA, o que ele não tinha especificado antes.
Também afirmou que cederia terrenos federais para a construção de zonas de habitação com “impostos baixos” e “pouca regulamentação”, num esforço de reduzir os gastos da população com moradia. O objetivo, ele disse, era que “jovens e outras pessoas possam comprar casas”.
Embora a inflação tenha desacelerado nos EUA nos últimos dois anos, muitos americanos ainda estão insatisfeitos com os preços no país. Trump é visto como um gestor mais competente na economia do que Biden pela maioria dos eleitores.