Vladimir Putin e Xi Jinping conversam por videoconferência; Putin diz que espera visita de Xi em 2023

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, conversa com o presidente da China, Xi Jinping, por meio de videoconferência em 30 de dezembro de 2022 — Foto: Mikhail Kuravlev/Sputnik via Reuters

Por Reuters

O presidente russo, Vladimir Putin, disse, na sexta (30), que espera que o presidente chinês, Xi Jinping, faça uma visita de Estado à Rússia na primavera de 2023, o que seria uma demonstração pública de solidariedade da China em meio à difícil campanha militar da Rússia na Ucrânia.

“Esperamos você, caro senhor presidente, querido amigo, esperamos você na próxima primavera em uma visita de Estado a Moscou”, disse Putin no encontro que foi transmitido pela TV estatal.

Ele disse que a visita “demonstraria ao mundo a proximidade das relações russo-chinesas“. O presidente chinês não confirmou que iria à Rússia em 2023.

Na conversa, que durou cerca de oito minutos, Putin disse que a relação entre os dois países está crescendo em importância e que ele pretende aprofundar a cooperação militar com a China.

O presidente da China, Xi Jinping, disse que o caminho para as negociações de paz na Ucrânia não será suave e que a China continuará a defender sua “posição objetiva e justa” sobre o assunto, disse a emissora estatal chinesa CCTV em um relatório sobre a conversa entre os dois presidentes.

“O lado chinês observou que o lado russo disse que nunca se recusou a resolver o conflito por meio de negociações diplomáticas e expressou seu apreço por isso”, disse o relatório da conversa.

“Os fatos provaram repetidamente que contenção e supressão são impopulares, e sanções e interferência estão fadadas ao fracasso”, disse Xi a Putin.

“A China está pronta para trabalhar com a Rússia e todas as forças progressistas em todo o mundo que se opõem ao hegemonismo e à política de poder; e defender firmemente a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento de ambos os países, e a justiça internacional”, disse Xi.

A relação entre a Rússia e a China, que os dois lados saudaram como uma parceria “sem limites”, assumiu grande importância desde que Moscou enviou suas forças armadas à Ucrânia em 24 de fevereiro.

Embora os países ocidentais tenham imposto sanções sem precedentes à Rússia, a China se absteve de condenar a campanha militar de Moscou, apesar de enfatizar a necessidade de paz.

As exportações de energia da Rússia para a China aumentaram significativamente desde a eclosão do conflito, com a Rússia agora sendo o maior fornecedor de petróleo da China.

No entanto, até agora Pequim tem tomado cuidado para não fornecer o tipo de apoio que poderia provocar sanções ocidentais contra a China.

Em uma cúpula em setembro no Uzbequistão, Putin reconheceu as “preocupações” de seu colega chinês sobre a situação na Ucrânia.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, conversa com o presidente da China, Xi Jinping, por meio de videoconferência em 30 de dezembro de 2022 — Foto: Mikhail Kuravlev/Sputnik via Reuters
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, conversa com o presidente da China, Xi Jinping, por meio de videoconferência em 30 de dezembro de 2022 — Foto: Mikhail Kuravlev/Sputnik via Reuters

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