Pai de motoboy morto em atropelamento confronta versão de advogado do suspeito
![](https://i0.wp.com/palavrapb.com/wp-content/uploads/2023/09/image-4-18.jpg?fit=566%2C381&ssl=1)
Seu Osmando Leal (à esq.), pai do motoboy Orlando Pereira (à dir.) (Foto: Thaís Alencar e Arquivo Pessoal)
Osmando Leal, pai do motoboy Orlando Pereira, de 38 anos – atropelado por um carro que trafegava na contramão – confrontou, na terça-feira (19), a versão dada pela defesa do suspeito do condutor do carro, o perito criminal da Polícia Civil, Robson Felix.
Segundo o advogado Diego Cazé, Robson andou na contramão porque tentou fugir de uma tentativa de assalto. A manobra resultou no atropelamento de Orlando, em um cruzamento da avenida Esperança, no bairro de Manaíra. “Ele chega a parar ainda no local, tenta prestar assistência à vítima. Mas, como se vê nas imagens, várias outras pessoas também pararam. Pela animosidade desse tipo de circunstância, o local e horário. Ele se evadiu para se preservar”, disse.
Osmando contesta a versão. “Não tinha ninguém ao lado do meu filho quando ele caiu. Simplesmente, uma pessoa de bicicleta parou e chamou o Samu. Seu advogado, pago para mentir, disse que tinha gente querendo lhe linchar e por isso o senhor não parou. Mas, como que o senhor nem parou”, questionou e completa: “O senhor sabe, tem consciência daquilo que fez. Você pegou uma contramão em alta velocidade. Com uma pistola na cintura informar que foi por conta de uma tentativa de assalto? Quem é o maluco que vai assaltar alguém que está armado”.
Na segunda-feira (18), Osmando Júnior, irmão do motoboy disse que, ao retornar a região do acidente, foi abordado por uma testemunha espontânea que afirmou ter visto o perito criminal da Polícia Civil, Robson Felix, suspeito do caso, “embriagado”.
“Ele desceu cerca de 100 metros depois do local do acidente. Estava cambaleando. Ele entrou no carro e foi embora”, afirmou. Ainda de acordo com o irmão do motoboy, outro motociclista seguiu o perito para filmar o comportamento. “Deu pra ver que o carro não seguia uma reta“, exclamou e questionou: “Será que vai ser mais um Ruan Macário? Eis a pergunta e a resposta fica com vocês”.
![](https://i0.wp.com/www.portalt5.com.br/fileadmin/perito_novo_foto.jpg?resize=572%2C463&ssl=1)
Assistência
Osmando disse que o advogado enviou mensagens para a família da vítima questionando se eles precisavam de algum suporte financeiro.
“Não queremos dinheiro. Somos pobres, mas ricos no poder de Jesus Cristo. Não quero dinheiro. Quero a vida do meu filho”, pediu.
E conclui: “no mínimo, o que eu quero da Justiça paraibana é que ele vá para a cadeia”.
por t5