Paraibano que fazia mochilão pela Europa está desaparecido há mais de um mês, diz família; PF aciona Interpol

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André Alves do Nascimento chegou a Paris no dia 4 e desapareceu dois dias depois — Foto: Acervo Pessoal/André Alves do Nascimento

O paraibano André Alves do Nascimento, de 35 anos, que há pelo menos 15 morava no município catarinense de Joinville, está desaparecido desde 6 de novembro deste ano. Ele resolveu fazer uma viagem no estilo mochilão pela Europa, chegou a Paris no dia 4 e dois dias depois fez o seu último contato com a família. Desde então, não se tem mais notícias sobre ele.

O portal entrou em contato com o Itamaraty, buscando informações sobre o que está sendo feito com relação ao caso, mas não obteve resposta.

Quem fala sobre o caso é a mãe e a irmã de André, Maria de Lourdes e Andreia Alves do Nascimento respectivamente. Elas ainda moram em Campina Grande, na Paraíba, e se declaram totalmente apreensivas e preocupadas com o desaparecimento.

“Não é fácil para uma mãe saber que seu filho sumiu e que ninguém tem notícias. Já são mais de 30 dias sem saber de nada”, desabafa a mãe, com a voz trêmula e chorosa.

Ainda assim, ela diz que não perde as esperanças de reencontrar o filho. “Eu tenho fé que o meu filho vai voltar. Não sei em que circunstâncias, mas ele vai voltar”, completa.

De acordo com os familiares, André Alves chegou a Paris no dia 4. Nas primeiras horas da manhã pelo horário brasileiro, mandou mensagem para a mãe informando que já estava na capital francesa.

Essa troca de mensagem se repetiu no dia 5 e no dia 6. Nesse último dia, inclusive, avisou que ainda estava em Paris, mas a caminho de Amsterdã, nos Países Baixos. Foi a última mensagem enviada pelo filho.

Andreia, a irmã, diz que a partir do dia 8, quando um amigo de André disse que também não conseguia se comunicar com ele, a família começou a se mobilizar. E a se preocupar.

Inicialmente, prestou um boletim de ocorrência na Polícia Civil da Paraíba. A partir daí, buscou o Itamaraty, que intermediou buscas em hospitais, prisões, IMLs em busca de informações sobre o paraibano.

Não teve êxito. Por fim, a Polícia Federal e a Interpol também foram comunicadas no desaparecimento, ainda de acordo com Andreia.

O retorno de André estava previsto para 18 de novembro, mas 23 dias depois ainda não há registros sobre um eventual retorno dele ao país.

PF aciona Interpol sobre o desaparecimento de brasileiro que fazia mochilão pela Europa

A Polícia Federal acionou a Interpol sobre o desaparecimento do paraibano André Alves do Nascimento, de 35 anos, que estava fazendo um mochilão pela Europa. O brasileiro está desaparecido desde o dia 6 de novembro deste ano, quando fez o último contato com a família em Paris, na França. Desde então, não há mais notícias sobre ele.

Segundo o delegado regional da Polícia Federal na Paraíba, Guilherme Torres, todos os registros necessários sobre o desaparecimento foram feitos e uma notificação foi enviada à Organização Internacional da Polícia Criminal (Interpol). Torres também explica que, inicialmente, a Interpol buscará informações em sistemas abertos do país onde ele foi localizado pela última vez, como hospitais e hospedagens.

Mãe mostra histórico de mensagens e ligações perdidas com o filho, o paraibano André Alves do Nascimento, de 35 anos, que estava fazendo um mochilão pela Europa e desapareceu no dia 6 de novembro — Foto: TV Paraíba/Reprodução
Mãe mostra histórico de mensagens e ligações perdidas com o filho, o paraibano André Alves do Nascimento, de 35 anos, que estava fazendo um mochilão pela Europa e desapareceu no dia 6 de novembro — Foto: TV Paraíba/Reprodução

Em uma segunda etapa, após um certo período, a Polícia Federal fará uma difusão amarela, que notificará os países membros da Interpol sobre o desaparecimento do brasileiro. A notificação seguirá até que André Alves seja localizado.

O delegado Guilherme Torres ainda orienta que familiares de pessoas desaparecidas em outros países procurem a Polícia Federal para registrar o caso. Ele explica que a Polícia Federal é a representante da Interpol no Brasil.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que, por meio de sua rede consular na Europa, tem conhecimento do caso, está em contato com as autoridades locais e está prestando assistência consular aos familiares do brasileiro. No entanto, por causa da Lei de Acesso à Informação, não poderia fornecer mais detalhes sobre o caso.

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