Ataque nuclear da Coreia do Norte seria ‘o fim’ do regime, dizem Forças Armadas dos EUA

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Imagem de 6 de agosto da usina nuclear Yongbyon, na Coreia do Norte — Foto: Divulgacão / GeoEye Satellite Image / AFP

Por France Presse

Se a Coreia do Norte fizer um ataque nuclear contra os interesses americanos, o regime de Kim Jong-un iria ter um fim, afirmaram as Forças Armadas dos Estados Unidos na quinta-feira (27).

O Pentágono (Forças Armadas dos EUA) divulgaram dois documentos, um deles sobre a estratégia nuclear, e o outro, sobre a estratégia de defesa dos americanos. É a primeira vez que ambas são divulgadas juntas.

“Qualquer ataque nuclear da Coreia do Norte contra os EUA ou seus aliados e parceiros é inaceitável e levaria ao fim desse regime. Não há cenário, em que o regime de Kim possa usar armas nucleares e sobreviver”, disse o Departamento da Defesa dos EUA no documento.

Os EUA afirmaram que consideram suas armas nucleares servem para dissuadir “todas as formas de ataque estratégico”, incluindo os que envolvem armas convencionais, disse o Pentágono.

Bomba suja

Esta nova abordagem pretende influenciar a tomada de decisões dos adversários.

A Rússia acusa a Ucrânia de se preparar para utilizar uma “bomba suja”. “A Rússia lançou sua agressão contra a Ucrânia sob ameaça nuclear, com declarações irresponsáveis, exercícios nucleares em datas irregulares e mentiras sobre o potencial uso de armas de destruição em massa”, diz o documento.

Já a China se esforça para ampliar, modernizar e diversificar suas forças nucleares, ressalta o Pentágono, afirmando que Pequim “talvez queira possuir pelo menos 1.000 ogivas nucleares até o final da década”.

Rússia é o principal rival

O documento afirma que “a Rússia é o principal rival dos EUA, com as forças nucleares mais diversas”. A Rússia tem 1.550 ogivas nucleares prontas para uso, e 2.000, não mobilizadas.

“Seu moderno arsenal nuclear, que deve crescer, representa uma ameaça existencial no longo prazo para os EUA e nossos aliados e sócios”, disse o Pentágono.

“Na década de 2030, os EUA se verão, pela primeira vez em sua história, diante de duas grandes potências nucleares (que serão) rivais estratégicas e adversários potenciais”, afirma.

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