Bolsonaro promete empresário em “nova” pasta da Indústria e Comércio

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Presidente Jair Bolsonaro. Foto: EFE/ Joédson Alves

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a afirmar nesta quarta-feira (22/6), em evento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que tem a intenção de recriar o Ministério da Indústria e do Comércio. O chefe do Executivo federal prometeu aos empresários nomear representante indicado pelo setor para chefiar a “nova” pasta.

O presidente discursou a empresários no lançamento da Agenda Institucional do Sistema Comércio – Propostas e Recomendações de Políticas Públicas do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. A pedido do Palácio do Planalto, a participação de Bolsonaro não teve cobertura da imprensa e a íntegra da declaração do presidente não foi disponibilizada, mas trechos da fala foram compartilhados pela CNC.

“Muitas cadeias produtivas foram afetadas, mas a nossa economia não parou em 2020, sobretudo por programas como Pronampe e auxílio emergencial. Em 2021, os senhores criaram mais empregos do que em anos sem pandemia, como 2014 e 2015”, afirmou.

No início do mês, o mandatário disse que podem ser recriadas três pastas em um eventual segundo mandato: da Segurança Pública, da Indústria e Comércio e da Pesca.

“Então, nós pretendemos, em havendo uma reeleição, dividir melhor os ministérios, criar no máximo mais três para que possamos melhor administrar o nosso país. Digo: pela extensão do Brasil se justifica fazer isso daí”, afirmou.

A ampliação no número de ministérios é defendida por políticos que querem maior espaço para acomodar aliados no governo. A recriação das pastas visa também atender as bases eleitorais do presidente.

Durante a campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro prometeu que seu governo teria no máximo 15 ministérios. Ele, no entanto, começou o mandato com 22 pastas, e, atualmente, conta com 23.

A pasta da Segurança Pública foi criada no governo Michel Temer (MDB) e extinta no início de 2019. A da Indústria e Comércio foi incorporada à pasta da Economia, no “superministério” comandado por Paulo Guedes. O Ministério da Pesca, que existiu durante gestões petistas, está incorporado hoje ao Ministério da Agricultura como secretaria.

No evento desta quarta-feira, Bolsonaro ainda comentou a questão dos combustíveis no Brasil: “Nós vamos bancar o custo de despesas dos estados com diesel e gás de cozinha. Tivemos o cuidado não só de não majorar os impostos, mas de diminuir”.

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