Ciro Gomes diz ser contra linguagem neutra: “Isso só nos divide”

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Ciro Gomes. Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Por Rebeca Borges

Ciro Gomes (PDT), candidato à presidência da República, afirmou, na segunda-feira (5/9), que é contrário ao uso da linguagem neutra adotada por pessoas não-binárias, que não se identificam com o gênero feminino ou masculino. O modelo tem objetivo de abolir palavras com gênero e utilizar expressões neutras.

“Tenha santa paciência. Pode ser que eu esteja ficando velho, mas isso só nos divide. Quero unir o Brasil”, afirmou o candidato. A declaração foi feita em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, transmitido nesta tarde.

Ciro criticou a esquerda brasileira, e afirmou que o movimento resolveu fazer o “esquerdismo à moda americana” no Brasil.

“Os americanos jamais puderam defender o socialismo, o marxismo, mas eles têm aquele pulso solidário. Daí vou falar de negro, de mulher, de meio ambiente, como se fossem assuntos separados, e não falo mais em superação da miséria, da desigualdade na proporção justa das mulheres, dos negros, que de fato sofrem dobrado”, afirmou.

Para o candidato, o ideal é superar a desigualdade social no país sem dividir as pautas em “agendas identitárias”. O cearense, no entanto, afirmou ser solidário à discussão dos temas. “O meu papel é mostrar que não há contradição em ser solidário nessas questões identitárias. Eu sou”, afirmou.

Ciro disse que a “hiperfragmentação de agendas” é “baboseira”. “Essa luta tem que ser feita na grande luta da superação da miséria e da desigualdade. A baboseira é você achar que a hiperfragmentação de uma agenda da sociedade vai dar em superação da miséria e desigualdade. Não dá”, finalizou.

 

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