Direita espera ajuda de Trump contra STF, mas se diz contra sanções

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Jair Bolsonaro e Donald Trump. Foto: Chris Kleponis-Pool/Getty Images

Parlamentares de direita avaliam que a eventual eleição de Donald Trump nos EUA em novembro será um ponto de inflexão na pressão internacional sobre o STF e o governo brasileiro contra o que eles classificam como censura nas redes e autoritarismo.

Os contatos com lideranças próximas ao ex-presidente e candidato devem se intensificar nos próximos meses.

Em entrevista recente ao programa Roda Viva, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) mencionou a possibilidade de sanções americanas contra o Brasil, como ocorre com relação à Venezuela. “Não estou defendendo, estou dizendo que pode acontecer. Sanções podem ser impostas com a percepção de que a democracia não é plena aqui”, afirmou.

O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), um dos mais atuantes contra decisões do STF, afirma que a vitória de Trump seria fundamental na atuação da direita. “Ter um presidente nos EUA, principal potência mundial, como aliado contra a censura, nos ajudaria muito”.

Ele diz ser contra sanções, no entanto. “Não vou advogar sanções contra o meu próprio país. Isso não está no meu radar”.

A deputada Bia Kicis (PL-DF) vai na mesma linha. “Com certeza a eleição de Trump ajuda, porque ele se opõe à censura. Mas nunca falamos sobre sanção. O que se pretende é que os ventos possam mudar”, afirma.

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