Ex-feirante, candidato a vice-prefeito declarou patrimônio de R$ 3 mi

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Renato Frota Magalhães

O caso investigado pela Polícia Federal (PF) que envolve o deputado estadual pelo Rio de Janeiro Thiago Rangel (PMB) – que era motorista de passeio em 2014, com salário de R$ 1 mil, e atualmente tem mais de 30 empresas – não seria uma situação isolada. Um ex-feirante candidato a vice-prefeito em Manaus (AM) também apresentou evolução patrimonial milionária.

Renato Frota Magalhães (foto em destaque), mais conhecido como Renato Júnior, figura na chapa ao lado de David de Almeida (Avante), atual prefeito da capital manauara.

No entanto, na declaração de bens de 2024, Renato Júnior informou ser dono de um patrimônio cravado em R$ 3.155.906,37. Ex-feirante, o atual político havia declarado apenas R$ 30 mil em bens ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) em 2018. A evolução patrimonial deu um salto estratosférico e superou 10.000%.

Em 2018, quando Renato Júnior concorreu ao cargo de deputado estadual pelo partido Avante, ele declarou os R$ 30 mil apenas como “quotas ou quinhões de capital”, segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O político atuou três anos na primeira gestão de David de Almeida e comandou a Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc). Renato ficou no órgão por 15 meses, antes de assumir a Secretaria Municipal de Infraestrutura.

Cheque sem fundos

O candidato também foi alvo de investigação em um inquérito conduzido pela Polícia Civil do Amazonas (PCAM). O caso, registrado em 2012, resultou no indiciamento por estelionato e, depois, em denúncia apresentada pelo Ministério Público (MPAM). Renato Júnior, à época gerente comercial de uma empresa, foi acusado de repassar um cheque sem fundos de R$ 3 mil.

O dinheiro seria parte do pagamento para a compra de um do ar-condicionado de um caminhão. Em depoimento na delegacia, o ex-feirante confirmou que havia entregado o cheque, mas que estava em tratativas para quitar o débito.

Posteriormente, o valor foi pago pelo então empresário, e a ação penal acabou arquivada, sem que Renato Júnior fosse condenado pelo estelionato.

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