Filho de Bin Laden tem crises de pânico pelo que viu na Al-Qaeda

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Omar e Osama Bin Laden. Foto: Reprodução / The Sun

Por Thamirys Andrade

Favorito de seu pai, Osama Bin Laden, para dar seguimento a Al-Qaeda, Omar Bin Laden, de 41 anos, escolheu um caminho diferente. Ele deixou o Afeganistão e se tornou pintor, profissão em que, além de sustento, encontra sua paz. Contudo, as imagens que presenciou quando mais jovem ainda o perseguem, lhe causam crises de pânico e o forçam a tomar remédios controlados.

Omar nasceu da relação de Osama com sua primeira esposa, Najwa al-Ghanem. Ele foi o quarto filho do terrorista, e é de origem da Arábia Saudita.

Ao longo de sua juventude, o pai chegou a levá-lo a campos de treinamento terroristas no Afeganistão para ensiná-lo a atirar com fuzis e a dirigir tanques de guerra.

– Estive no Afeganistão por cinco anos. Meu pai nunca me pediu para ingressar na Al-Qaeda, mas ele me disse que eu era o filho escolhido para continuar seu trabalho – relembrou Omar, em entrevista ao jornal The Sun.

À época, ele presenciou cenas perturbadoras que lhe geraram traumas, como experimentos de armas químicas com animais, incluindo os cães de estimação de sua família.

– Ele [Osama] ficou desapontado quando eu disse que não era adequado para aquela vida – explicou Omar.

Cinco meses antes do atentado às Torres Gêmeas planejado por Osama, o “herdeiro do terror” decidiu mudar-se para o Catar. À época, ele tinha 20 anos de idade.

Atualmente, ele é casado com Zaina Bin Laden, de 67 anos, e vive na França, onde vende seus quadros por até 8,5 mil euros, o equivalente a R$ 47,72 mil. Suas pinturas favoritas são de montanhas, porque elas lhe dão “segurança” e lhe fazem sentir “intocável”.

Ele explica, contudo, que ainda sofre julgamentos em razão de seu sobrenome.

– Achei que estava tudo acabado e que não ia mais sofrer [após a morte de Osama]. E eu me enganei, porque as pessoas ainda me julgam hoje – conta.

A esposa do pintor relata que Omar possui traumas muito graves e crises de pânico, tendo de frequentar a terapia e tomar remédios.

– Omar ama e odeia Osama ao mesmo tempo. Ele o ama porque é seu pai, mas odeia o que ele fez – assinalou Zaina Bin Laden.

Confira vídeo de Omar trabalhando em suas pinturas:

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