Gabriel Boric faz reforma ministerial depois de rejeição à nova Constituição

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Gabriel Boric. Foto: Reprodução

O presidente do Chile, Gabriel Boric, anunciou uma reforma ministerial na terça-feira (6), dias após os eleitores do país terem rejeitado em um plebiscito o texto de uma nova Constituição para o país.

Boric trocou os ministros do Interior, Energia, Saúde e Secretaria de Governo.

Após as mudanças, ele afirmou que esse talvez seja um dos momentos políticos mais difíceis que ele teve que aceitar. As trocas, afirmou ele, vão dar mais coesão ao governo.

Sentiu a dor

“Quero que saibam que faço essa mudança pensando em nosso país. As mudanças de gabinete sempre são dramáticas em nosso país, e essa tinha que doer. E dói porque era necessária”, disse ele.

A nova Constituição tinha projetos que eram importantes para os planos de governo de Boric, mas a proposta de uma nova Carta Magna foi rejeitada por 61% dos eleitores.

Reunião com parlamentares

Após a vitória da rejeição à mudança constitucional, Boric se reuniu no palácio presidencial com os presidentes de ambas as câmaras do Congresso e, posteriormente, com o Comitê Político de seu próprio governo, além dos chefes de partido da coalizão.

Após a reunião, o presidente do Senado, Álvaro Elizalde, informou que todos os partidos, movimentos sociais e representantes da sociedade civil serão convocados “para promover um diálogo que nos permita o quanto antes transmitir uma certeza para o Chile, estabelecer um caminho de diálogo institucional para honrar o compromisso de avançar para uma Constituição”.

Na lista de convocados também estavam prefeitos e governadores. No entanto, nenhum partido da direita opositora confirmou presença.

Com a derrota da proposta de Constituição, a atual Carta Magna, elaborada em 1980, segue vigente, mas a maioria dos eleitores, líderes políticos e organizações sociais concordam que o Chile quer uma nova Constituição.

Protestos pré-reforma

Antes do anúncio da reforma, centenas de estudantes protestaram do lado de fora do palácio presidencial exigindo mais recursos para a educação.

Mesmo com a derrota no plebiscito, eles cantavam “a Constituição Pinochet vai cair e vai cair”.

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