Hamas rejeita proposta de Israel para estender cessar-fogo em Gaza

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Israelenses se reúnem no cortejo fúnebre da família Bibas, sequestrada durante o ataque de 7 de outubro de 2023 pelo Hamas e morta em Gaza - Shir Torem - 26.fev.25/Reuters

O grupo terrorista Hamas afirmou no sábado (1º/3) que rejeitou a proposta de Israel para estender a primeira fase do cessar-fogo em Gaza no dia em que a primeira etapa do acordo está programada para expirar.

O porta-voz do grupo, Hazem Qassem, também disse que não há negociações em andamento para uma segunda fase de interrupção dos conflitos em Gaza.

O Hamas devolveu, na manhã da última quinta-feira (27/2), quatro corpos de israelenses, três mortos em cativeiro e um durante o ataque do Hamas, de acordo com Israel. O Fórum de Famílias de Reféns confirmou suas identidades. Em seguida, Israel libertou mais de 600 prisioneiros palestinos.

Esta foi a última ação da primeira fase do acordo de trégua mediado por Qatar, Egito e Estados Unidos, que entrou em vigor em 19 de janeiro. Os termos anunciado na época previam que a segunda fase do cessar-fogo seria negociada mais tarde, mas um acordo ainda não foi concluído.

O mês sagrado do Ramadã, que começa neste fim de semana, adiciona um novo elemento à crise em Gaza. Tradicionalmente um período de reflexão e jejum para os muçulmanos, a data ocorre em meio à continuidade do conflito e à incerteza sobre a segunda fase do cessar-fogo. Autoridades palestinas alertam para o agravamento da crise humanitária na região, enquanto mediadores internacionais tentam evitar uma escalada dos confrontos durante o período.

Na quinta-feira (27/2), o ministro israelense da Defesa, Israel Katz, anunciou que o Exército de seu país vai permanecer indefinidamente no corredor Filadélfia, uma faixa estratégica na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, contrariando o acordo de cessar-fogo com o Hamas, em vigor desde janeiro.

“Recebemos luz verde dos Estados Unidos. Fornecemos um mapa a eles, e estamos ficando indefinidamente”, disse Katz em reunião com líderes regionais, segundo comunicado de seu gabinete.

O tratado, aceito pelo primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, previa que a retirada das forças israelenses da região começasse no 42º dia da fase um do acordo –ou seja, neste sábado– e fosse concluída até o 50º dia, em 9 de março.

Israel também informou recentemente que pretende expandir sua área de operação na Síria, país que invadiu e cujo território ocupa desde a queda do regime de Bashar al-Assad, e exigiu que o novo governo sírio desmilitarize uma área próxima à fronteira israelense.

Em seu discurso, de acordo com o jornal israelense The Times of Israel, Katz afirmou que mesmo durante o cessar-fogo, recebeu “informações de inteligência de que o Hamas está planejando ataques contra soldados e comunidades”.

Ele disse que os assentamentos na Cisjordânia ocupada, considerados ilegais pela comunidade internacional, são uma barreira de proteção para Israel e que documentos apreendidos mostram planos do grupo terrorista para atacar essas áreas antes do 7 de Outubro, classificando a ameaça de séria.

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