Guiana diz que guarda costeira da Venezuela se aproximou de plataforma de petróleo

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A região de Essequibo corresponde a 70% de todo o território da Guiana — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

O presidente da Guiana, Irfaan Ali, disse no sábado (1) que uma patrulha da guarda costeira da Venezuela entrou em águas guianas pela manhã e se aproximou de uma plataforma de petróleo.

A Guiana convocou o embaixador venezuelano e apresentará uma queixa formal à Venezuela, acrescentou Ali.

O Departamento de Estado dos EUA disse que a aproximação dos navios venezuelanos representam uma ameaça às instalações da plataforma americana Exxonmobil, e que a ação denomina como “inaceitável”, e de “clara violação do território da Guiana”.

“Novas provocações resultarão em consequências para o regime de Maduro. Os Estados Unidos reafirmam seu apoio à integridade territorial da Guiana e à sentença arbitral de 1899”, disse o escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental do departamento, em uma postagem no X.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou a incursão venezuelana no “território marítimo internacionalmente reconhecido da Guiana”, informou a agência de notícias Reuters.

Região de Essequibo, em disputa pela Venezuela e Guiana, e a fronteira do Brasil no estado de Roraima — Foto: Arte g1
Região de Essequibo, em disputa pela Venezuela e Guiana, e a fronteira do Brasil no estado de Roraima — Foto: Arte g1

Guiana e Venezuela estão envolvidos numa disputa de longa data sobre qual país controla a região de Essequibo, localizada na parte mais a oeste do território da Guiana, que ocupa 159 mil km² e representa cerca de 70% do território do país. Trata-se de uma área maior que o estado do Ceará e a Inglaterra (veja no mapa acima).

Em 2015, foram encontradas grandes reservas de petróleo na região. Estima-se que na Guiana haja o equivalente a 11 bilhões de barris, parte significativa deles “offshore”, ou seja, no mar, perto de Essequibo. Em consequência do boom do petróleo, a Guiana é o país sul-americano cuja economia mais cresce nos últimos anos.

No entanto, a região passou a ser cobiçada pelo governo da Venezuela que afirma ter direito sobre o território.

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