Homem morre após ser baleado próximo a show de Wesley Safadão; saiba quem era
Um homem morreu após ser baleado na madrugada de domingo (29) nas proximidades de um show do cantor Wesley Safadão, em Luís Correia, litoral do Piauí.
Segundo a Polícia Militar, Marcos Alves de Souza, 41, foi atingido em local fora da área reservada para a apresentação, que acontecia próximo à praia.
A assessoria do artista disse que o show foi interrompido no momento dos tiros e que o cantor e a equipe foram retirados do local rapidamente e estão bem.
De acordo com a PM, a vítima é integrante de uma facção criminosa do Ceará e tinha mandado de prisão em aberto.
Ele estava acompanhado de sua esposa e filho quando sacou uma arma e fez um disparo em direção ao chão, afirma a corporação ao citar relatos de testemunhas e do coordenador de segurança do evento.
Neste momento, três homens, que depois se identificaram como policiais à paisana, tentaram conter o homem, que novamente teria tentado sacar a arma e sido atingido por disparos dos agentes fora de serviço.
A organização do evento, que tinha entrada gratuita, lamentou o caso e disse que o homem foi impedido de entrar no local por estar armado. Afirmou também que a programação dos outros dias segue conforme planejado.
A PM ressaltou em nota que Marcos foi encaminhado ao hospital por uma ambulância, mas não resistiu aos ferimentos. Sua mulher, que também se feriu, deu entrada na unidade de saúde com uma identidade falsa, segundo a corporação, que não informou o nome dela.
Quem era o homem que morreu no show de Wesley Safadão
No domingo (29/12), um homem de 41 anos morreu durante o show de Wesley Safadão, que acontecia em na Praia de Atalaia, em Luís Correia, no Piauí. Marcos Alves de Souza foi atingido por tiros durante a apresentação. A mulher dele, Maria Alcineide, ficou ferida na confusão.
Segundo a esposa do rapaz, ele era do Ceará e estava envolvido numa facção criminosa. No momento em que foi atingido, Marcos havia dado tiros em direção ao chão, chamando atenção de policiais à paisana que estavam no evento.
“Ele tirou a arma do cós, atirou no chão e eu perguntei: ‘Por que isso?’. Aí ele falou: ‘Desculpa, minha filha’. E disparou. Depois os caras começaram a falar: ‘Por que tu fez isso, macho, tu é o que? Tu é da polícia?’. Ele disse que tinha sido sem querer e pediu desculpas”, explicou.
Maria Alcineide continuou falando sobre o ocorrido: “Aí o pessoal falou: ‘Pois eu sou da polícia’. Eu puxei ele pra vim embora e o cara começou a atirar. Quando olhei ele já tinha caído no canto da parede, no primeiro tiro. Foi quando senti que pegou um [disparo] em mim.”
Alcineide afirmou que o marido fazia parte de um grupo criminoso chamado Guardiões do Estado (GDE) e que era batizado na facção. Maria ainda lembrou que o companheiro estava “muito bêbado e drogado” quando foi atingido.
“Foi um homicídio relacionado ao envolvimento com facções. A vítima era do Ceará, onde tinha ligação com grupos criminosos e, também, antecedentes por homicídio. Ele estava passeando aqui no litoral e, ao que tudo indica, foi seguido por um rival,” disse o major Albuquerque, comandante do 24º Batalhão da Polícia Militar do Piauí, para o GP1.
O caso será investigado pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicído e Proteção à Pessoa, Repreensão e Combate ao Tráfico de Drogas de Luis Correia (DFHT), a fim de descobrir a motivação real do crime e quem foram os autores dos disparos.
Nas imagens que circulam na internet, é possível ver o exato momento da confusão. O tiroteio causou pânico e uma correria generalizada. As pessoas que estavam no local tentavam se abrigar e fugir para não virarem alvos.