Homicida de adolescente é descoberto 48 anos após o crime graças ao DNA

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Sharron Prior. Foto: Reprodução

A polícia da cidade de Longueuil, situada na província de Quebec, Canadá, solucionou um dos mais notórios casos arquivados do país após 48 anos de seu ocorrido. Na terça-feira, dia 23, as autoridades locais anunciaram a identificação do responsável pelo assassinato de Sharron Prior, uma adolescente de 16 anos sequestrada no dia 29 de março de 1975, cujo corpo foi achado quatro dias depois. O exame de DNA foi o método utilizado para alcançar a solução do crime.
Um progresso científico possibilitou que os pesquisadores conectassem uma amostra genética obtida na cena do crime à de uma família americana residente em West Virgínia. Os policiais descobriram que um indivíduo dessa família, Franklin Romine, residia em Montreal, local do crime, no momento do assassinato e faleceu em 1982. A exumação do corpo de Romine foi realizada pela polícia para comparar seu material genético com o DNA encontrado no local do crime. Os resultados confirmaram com 100% de certeza que Franklin Romine era de fato o assassino procurado há quase cinco décadas.
DNA ajuda a concluir caso de assassinato da jovem após 48 anos
Franklin Romine
Como o suspeito já está morto, a confirmação da identidade do autor do crime encerra o caso sem levar quaisquer acusações aos tribunais canadenses. Os resultados foram informados aos parentes de Sharron, incluindo sua mãe, Yvonne Prior, que atualmente possui cerca de 80 anos. “Foi em um encontro privado, repleto de emoções, que os investigadores da Unidade de Casos de Homicídios não Resolvidos da SPAL puderam confirmar que o assassino de Sharron havia sido identificado com 100% de certeza”, declarou a polícia de Longueuil em nota oficial.
Sharron desapareceu em 1975, após sair de casa para encontrar amigos em Montreal e comer pizza. Seu corpo foi localizado quatro dias após o sumiço. Desde então, de acordo com o jornal “The Guardian”, a polícia investigou mais de 100 suspeitos, mas nunca efetuou nenhuma prisão. O nome de Romine surgiu nas investigações apenas em 2022, quando a polícia começou a analisar os registros criminais e descobriu um extenso histórico de crimes do suspeito entre West Virginia e Canadá. Conforme a polícia de Longueuil, a genealogia genética, que permite cruzar o DNA de um suspeito com os milhões de perfis de DNA de pessoas que realizam sua árvore genealógica online, dará “esperança a dezenas e dezenas de famílias de vítimas que ainda hoje buscam respostas”.

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