Lula e Macron pedem que Maduro retome diálogo com oposição; veja repercussão da posse

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O ditador Nicolás Maduro em cerimônia de posse em Caracas, na Venezuela - Leonardo Fernandez Viloria/Reuters

Líderes mundiais repercutiram na sexta-feira (10) a contestada posse do ditador Nicolás Maduro para um novo mandato como líder da Venezuela depois de uma eleição apontada como fraudulenta pela oposição e parte da comunidade internacional.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), outrora próximo de líderes chavistas, pediu ao ditador para retomar o diálogo com a oposição. A mensagem foi divulgada pela Presidência da França e feita em conjunto com o líder do país europeu, Emmanuel Macron. Veja mais manifestações a seguir.

“A França e o Brasil estão dispostos a facilitar a retomada dos intercâmbios [entre regime e oposição], o que poderá permitir a volta da democracia e da estabilidade na Venezuela. Todas as pessoas detidas pelas suas opiniões ou compromissos políticos devem ser libertadas imediatamente” —– Lula e Macron, segundo nota divulgada pela Presidência francesa.

“A democracia exige eleições limpas, sem fraudes e respeito ao voto popular. Não aconteceu isso na Venezuela. A posse de Nicolás Maduro afronta a vontade do povo venezuelano e deve ser repudiada, com medidas políticas e econômicas, para que ditaduras não se sintam legitimadas” —- Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados brasileira.

“Notícias que chegam da Venezuela seguem preocupantes. Não é democrático um governo que se vale do aparato militar para perseguir e prender opositores. Tampouco são livres eleições sem transparência e marcadas por violência e autoritarismo” —- Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal.

“As notícias que saem da Venezuela são outro ato inaceitável de repressão do regime (do presidente Nicolás) Maduro, cuja proclamada vitória eleitoral não reconhecemos” —- Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália.

“Rejeitamos a contínua e repressiva pressão de Maduro no poder às custas do povo venezuelano” —- governo do Canadá, atual presidente do G7, grupo que reúne algumas das maiores economias do mundo.

“O governo argentino expressa a sua mais veemente condenação ao regime de Nicolás Maduro que, através do uso de forças militares e de grupos paramilitares, perpetuou-se ilegitimamente no poder, submetendo o seu povo a práticas sistemáticas de tortura, perseguição e repressão” —- Chancelaria da Argentina, em nota.

“O processo eleitoral de 28 de julho de 2024 foi fraudulento e careceu dos mais mínimos padrões de transparência e integridade. Por esta razão, a posse de Nicolás Maduro hoje é desprovida de qualquer legitimidade democrática” —- Chancelaria do Chile, em nota.

“Da Bolívia estendemos nosso abraço e felicitações ao presidente venezuelano Nicolás Maduro, a quem desejamos sucesso no novo período de governo que hoje assume. […] Viva a unidade latino-americana e caribenha! Viva o povo venezuelano!” —- Luis Arce, presidente da Bolívia.

“O povo venezuelano e o mundo sabem que Nicolás Maduro claramente perdeu as eleições presidenciais” —- Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA.

“Hoje, pelas provas apresentadas, pelas atas apresentadas, pelos relatórios apresentados pela Observação Internacional, especificamente pelo Center Carter, o senhor Edmundo González deveria assumir a Presidência da Venezuela” —- Luis Almagro, Secretário-geral da Organização dos Estados Americanos.

“[O secretário-geral da ONU, António] Guterres, condena veementemente a detenção de um grande número de pessoas, incluindo líderes da oposição, jornalistas e defensores dos direitos humanos, desde as eleições de 28 de julho” —- Stéphane Dujarric, porta-voz de Guterres.

“[O presidente da Duma, a Câmara dos Deputados russa] Viatcheslav Volodin transmitiu a Nicolás Maduro as felicitações do presidente russo, Vladimir Putin” —- Duma, em comunicado divulgado à imprensa.

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